Relatório de Pesquisa

Avaliação do potencial antioxidante e inibidor de tirosinase dos extratos de Myrciaria dubia

O camu-camu (Myrciaria dubia (H.B.K.) McVaugh - Myrtaceae), também conhecido como caçari e araçá-d água, é uma espécie frutífera que ocorre espontaneamente nas margens de rios e lagos de águas escuras da Amazônia, entre as regiões oriental do Peru e central do Estado do Pará, no Brasil. Suas potenci...

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Autor principal: Ana Carolina Lima Ralph
Grau: Relatório de Pesquisa
Idioma: pt_BR
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2016
Assuntos:
Acesso em linha: http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/1715
Resumo:
O camu-camu (Myrciaria dubia (H.B.K.) McVaugh - Myrtaceae), também conhecido como caçari e araçá-d água, é uma espécie frutífera que ocorre espontaneamente nas margens de rios e lagos de águas escuras da Amazônia, entre as regiões oriental do Peru e central do Estado do Pará, no Brasil. Suas potencialidades de cor, sabor, aroma e pH ácido expressam-se pela elaboração de produtos alimentícios como bebidas alcoólicas fermentadas, néctar, sorvete, suco, conservante e corante natural, geléia, licor, xarope, marmelada e balas, culminando até na produção de cosméticos, como xampus. No entanto, a característica predominante do camu-camu é seu alto teor de ácido ascórbico, sendo este superior ao da acerola e ao de outras frutas cítricas, como a laranja. Além disso, esta fruta possui altos níveis de carotenóides, antocianinas e compostos voláteis que se refletem em atividades biológicas como a de inibidora da enzima aldose redutase, de antioxidante e de antiinflamatória. Dentre os órgãos que mais necessitam de atividade antioxidante destaca-se a pele, sendo esta portadora da enzima tirosinase, que é responsável pela melanogênese. No mecanismo de ação da tirosinase há a atuação do ácido ascórbico, destacando-se aí a importância de uma suplementação desta vitamina por meio de ingestões diárias de camu-camu, para manter a homeostase do sistema e retardar as ações maléficas ao tecido que são provocadas pelo acúmulo excessivo dos radicais livres, que culminam no estresse oxidativo. Por outro lado, a inibição da melanogênese, por meio da inibição da enzima tirosinase, tem importância terapêutica para patologias dermatológicas relacionadas à alta produção de melanina (hipercromatismo da pele). Tendo em vista a escassez de informações sobre as propriedades da casca e da semente de M. dúbia, este trabalho tem por objetivo a identificação de atividade antioxidante e ação inibitória da enzima tirosinase, através dos testes de redução do radical livre DPPH, redução do radical livre ABTS, atividade varredora de ânion superóxido, sistema beta-caroteno/ácido linoléico, teor de polifenóis totais, atividade quelante de Fe2+ e redutora de Cu2+, e determinação da atividade inibitória da tirosinase.