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Relatório de Pesquisa
Representações do urbano e apropriação espacial na cidade de Manaus, o caso dos Ye pá-mahsã
A cidade de Manaus como metrópole não foge da tendência de outras capitais de Estado, no Brasil, onde o fenômeno urbano explode a conseqüência de uma demografia intensa, e pautada por uma disputa territorial, cujo campo de representações e de lutas estabelece-se na procura de moradias e de espaços p...
Autor principal: | Aldenises Moraes Moutinho |
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Grau: | Relatório de Pesquisa |
Idioma: | pt_BR |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2016
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/1839 |
Resumo: |
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A cidade de Manaus como metrópole não foge da tendência de outras capitais de Estado, no Brasil, onde o fenômeno urbano explode a conseqüência de uma demografia intensa, e pautada por uma disputa territorial, cujo campo de representações e de lutas estabelece-se na procura de moradias e de espaços para transitar e habitar a cidade. Neste contexto urbano, também de convívio com a Zona Franca, e no meio da floresta amazônica, insere-se uma presença visível: povos indígenas morando na cidade. Entre esses, os Ye pá-Mâhsa (tukano), vivem em diferentes bairros da cidade de Manaus, na periferia, isto é, em lugares geralmente carentes de serviços essenciais. Entanto, uma nova cojuntura socio-étnica vêem transformando as relações de alteridade interna e externa, comportando também novas formas de ocupar o espaço numa área de acirrada disputa territorial e crecimento demográfico intenso. Em outras palavras, a partir de 1980, ao fenômeno urbano indigena, acrecenta-se uma importante variante que é a reorganização etnica, fato visível no surgimento de associações e outras entidades supraétnicas que operam com diferentes ações e estratégias, evidenciando um fortalecimento identitário e um exercicio de defesa dos direitos constitucionais. As posições dentro do espaço físico que também é social, sinalam mapas cognitivos diferenciais ou sobrepostos. Este seria o caso das prerrogativas das administrações públicas e o uso de instrumentos de clasificação e de distribuição espacial, objetivado sobre os moradores de uma determinada parcela jurídico-administrativa. Por outro lado temos o campo das apropiações etnicas e de mudançãs ou/e recriação a respeito do uso etno-espacial, ou seja, as visões do mundo e os conhecimentos e saberes que orientam as práticas dos povos tradicionais quando esses habitam um outro espaço , o espaço urbano. Mapas como palavras são instrumentos de comunicação que representam e criam realidade (BAUDRILLARD, 1976) e estabelecem vínculos e fronteiras, por isso, nos interessa apelar no presente projeto, a uma compreensão das cartografias urbanas e o significado do espaço físico e social (sócio-espacial) que vincula órgãos públicos com os índios Ye-pa Mashã na cidade de Manaus. |