O cultivo da laranja também é o mais importante do Brasil, entre as espécies frutíferas. Embora desfrute de inegável importância econômica, o desempenho da citricultura, assim como de qualquer outra atividade agrícola, também está sujeito às variações de tempo e de espaço. A primeira decorre do comportamento dos preços relativos ao longo do tempo e a segunda das condições ambientais e do tipo de sistema de produção das distintas regiões produtoras. Vários fatores concorrem para a baixa produtividade, podendo-se destacar o manejo inadequado do solo, como a calagem e adubação, uso de mudas de má qualidade, controle insatisfatório de pragas e moléstias, espaçamentos de plantio muito amplos ou impróprios. Dentre esses salientam-se sem dúvida a baixa fertilidade dos solos e as adubações insuficientes ou desequilibradas. Isso ficou evidente num levantamento do estado nutricional de pomares de citros na região de Rio Grande do Sul, no qual se constatou que o rendimento médio é inferior a 20 kg por árvore. A maioria dos pomares apresentou predominantemente deficiência de magnésio, zinco, nitrogênio, potássio e manganês. Nos solos ácidos das regiões tropicais o fornecimento de cálcio e magnésio poderia ser o efeito mais importante da calagem, o que explicaria respostas grandes devido à aplicação de quantidades pequenas de calcário. As raízes da maior parte das plantas cultivadas não se desenvolvem bem em solos ácidos, por causa de duas ações principais: excesso de alumínio ou deficiência de cálcio. São bastante comuns esses dois fatores ocorrerem associados, principalmente em solos de baixa fertilidade.
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