Relatório de Pesquisa

FERTILIDADE DO CAMARÃO Macrobrachium amazonicum (HELLER, 1862) (CRUSTACEA, DECAPODA, PALAEMONIDAE) CAPTURADOS NO MUNICÍPIO DE ITACOATIARA (AM)

Os camarões de água doce do gênero Macrobrachium totalizam mais de 100 espécies, amplamente distribuídas nas zonas tropicais e subtropicais. Embora possam crescer e acasalar em ambientes dulcícolas, a maioria necessita da água salobra dos estuários para seu desenvolvimento larval. Macrobrachium amaz...

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Autor principal: Leila Nicolino Lamarão
Grau: Relatório de Pesquisa
Idioma: pt_BR
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2016
Assuntos:
Acesso em linha: http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/2042
Resumo:
Os camarões de água doce do gênero Macrobrachium totalizam mais de 100 espécies, amplamente distribuídas nas zonas tropicais e subtropicais. Embora possam crescer e acasalar em ambientes dulcícolas, a maioria necessita da água salobra dos estuários para seu desenvolvimento larval. Macrobrachium amazonicum é largamente distribuído na América Sul, nas Bacias do Orenoco, Rio Amazonas e Rio Paraguai. A maioria dos estudos sobre o camarão da espécie M. amazonicum, foram relacionados a caracterização das estruturas populacionais dos exemplares capturados no Alto Rio Negro e trechos do Rio Solimões. Há poucos estudos sobre a biologia reprodutiva do camarão Macrobrachium amazonicum, sendo um deles realizado em açudes da Região Nordeste Brasileira, porém informações de espécimes na Região do Médio Amazonas ainda são desconhecidas. A fertilidade estabelece o número de larvas produzido por eclosão. Tal informação é importante para a implantação de projetos de larvicultura, já que essa espécie de camarão é amplamente consumida pelas populações ribeirinhas e indígenas da Região Norte. Por apresentar resistência a variações de fatores físico-químicos da água, tem aumentado o interesse no cultivo de M. amazonicum aumentando sua importância comercial. A fertilidade permite estimar parâmetros da dinâmica populacional dessa espécie de camarão presente em várias regiões amazônica. Fêmeas ovígeras serão mantidas isoladas em aquários com condições ambientais controlada até o momento da eclosão. Após a eclosão as larvas serão contadas obtendo o número de larvas que será confrontada com o comprimento total da fêmea e submetida a uma análise de regressão com ajuste do modelo matemático pelo coeficiente de determinação (R2). A média da taxa de eclosão por classe de tamanho será submetida a uma ANOVA, seguida pela aplicação do Teste de Tukey. Informações a respeito da biologia reprodutiva de crustáceos de importância econômica são imprescindíveis para o desenvolvimento do sistema de cultivo dessa espécie.