A esclerose múltipla é a doença desmielinizante mais comum do sistema nervoso central. As manifestações clínicas estão diretamente relacionadas à localização das lesões, que são distribuídas no tempo e no espaço. Alterações decorrentes da doença como depressão, distúrbios do sono e do movimento, dor neuropática, espasticidade, disfunção vesical e sexual e déficit cognitivo são responsáveis por elevada morbidade diminuindo significativamente a qualidade de vida dos pacientes. A fadiga é uma manifestação comum na esclerose múltipla e de grande impacto sobre a doença, sendo passível de tratamento. Contudo, não existe em nossa região estudos que caracterizem a fadiga nos portadores de esclerose múltipla, o impacto sobre a qualidade de vida, nem fatores de riscos associados com o seu desenvolvimento. Nesse aspecto, o presente trabalho tem como objetivo fazer a caracterização da fadiga nos pacientes com esclerose múltipla, fatores neurológicos e sócio-demográficos associados ao seu desenvolvimento e o impacto dessa condição sobre a qualidade de vida desses pacientes. Para isso será feita análise prospectiva no período de agosto de 2010 a maio de 2011, analisando-se a fadiga, a incapacidade neurológica e a qualidade de vida nos pacientes com diagnóstico de esclerose múltipla em acompanhamento no Ambulatório Araújo Lima (AAL).
|
