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Relatório de Pesquisa
Morfologia branquial do tucunaré (Cichla spp.) sob influência da UHE de Balbina (Amazonas): uma avaliação estereológica
A Usina Hidrelétrica de Balbina, construída no rio Uatumã (Amazônia Central, Estado do Amazonas) em 1975 sob tutela do Governo Federal. Os impactos ambientais afetaram os diversos níveis da organização biológica. O plano inicial já previa que uma imensa área de floresta seria inundada. Segundo GRIBE...
Autor principal: | Paloma Fernandes de Souza |
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Grau: | Relatório de Pesquisa |
Idioma: | pt_BR |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2016
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oai:localhost:prefix-24712025-03-10T20:29:54Z Morfologia branquial do tucunaré (Cichla spp.) sob influência da UHE de Balbina (Amazonas): uma avaliação estereológica Paloma Fernandes de Souza Oscar Tadeu Ferreira da Costa Tucunaré Brânquia Estereologia CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: MORFOLOGIA A Usina Hidrelétrica de Balbina, construída no rio Uatumã (Amazônia Central, Estado do Amazonas) em 1975 sob tutela do Governo Federal. Os impactos ambientais afetaram os diversos níveis da organização biológica. O plano inicial já previa que uma imensa área de floresta seria inundada. Segundo GRIBEL (1993), a área alagada era constituída de 98% de floresta primária. A decomposição da matéria orgânica produz gás sulfídrico (H2S) no fundo do lago (ESTEVES, 1998), como a água que move as turbinas vem do fundo do lago, a água que é despejada à jusante possui baixo teor de oxigênio dissolvido e forte cheiro de H2S. Ambientes anóxicos provocam grande mortandade de peixes (JUNK et al., 1983). O gás sulfrídrico modifica o pH do meio e é extremamente tóxico para espécies pouco tolerantes.Mudanças bruscas na composição química da água provocam profundos efeitos sobre os processos morfológicos, fisiológicos e bioquímicos dos peixes da Amazônia. Embora que, muitos outros mecanismos biológicos ainda sejam desconhecidos. LEITE & BITTENCOURT observaram que na UHE de Tucuruí a mudança repentina do ambiente (lótico em lêntico) afetou negativamente a distribuição de algumas espécies de peixes comercialmente importante para as populações tradicionais. Por outro lado, trouxe sucesso adaptativo para espécies predadoras. Uma das espécies favorecidas foi o tucunaré (Cichla spp.). É muito provável que estes traços sejam sustentados à custa de uma alta demanda metabólica e por uma elevada área superficial respiratória, com uma reduzida barreia de troca água-sangue. As brânquias dos peixes são reconhecidamente um órgão altamente evoluído e efetivo para as trocas gasosas. O princípio básico que determina tal função é simples: um meio externo, uma massa tissular de espessura finita e área superficial compatível com a demanda metabólica do animal e um sistema vascular eficiente e estruturalmente dotado de capacidade para suportar a diferença de pressão dos gases entre os dois meios. Através da estereologia é possível a quantificação dessas mudanças que ocorrem nas brânquias, este projeto se propõe a analisar morfologicamente peixes nas atuais condições da UHE de Balbina. CNPQ 2016-09-23T15:19:52Z 2016-09-23T15:19:52Z 2012-07-31 Relatório de Pesquisa http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/2471 pt_BR Acesso Aberto PDF Universidade Federal do Amazonas Brasil Ciências Morfológica Instituto de Ciências Biológicas PROGRAMA PIBIC 2011 UFAM |
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A Usina Hidrelétrica de Balbina, construída no rio Uatumã (Amazônia Central, Estado do Amazonas) em 1975 sob tutela do Governo Federal. Os impactos ambientais afetaram os diversos níveis da organização biológica. O plano inicial já previa que uma imensa área de floresta seria inundada. Segundo GRIBEL (1993), a área alagada era constituída de 98% de floresta primária. A decomposição da matéria orgânica produz gás sulfídrico (H2S) no fundo do lago (ESTEVES, 1998), como a água que move as turbinas vem do fundo do lago, a água que é despejada à jusante possui baixo teor de oxigênio dissolvido e forte cheiro de H2S. Ambientes anóxicos provocam grande mortandade de peixes (JUNK et al., 1983). O gás sulfrídrico modifica o pH do meio e é extremamente tóxico para espécies pouco tolerantes.Mudanças bruscas na composição química da água provocam profundos efeitos sobre os processos morfológicos, fisiológicos e bioquímicos dos peixes da Amazônia. Embora que, muitos outros mecanismos biológicos ainda sejam desconhecidos. LEITE & BITTENCOURT observaram que na UHE de Tucuruí a mudança repentina do ambiente (lótico em lêntico) afetou negativamente a distribuição de algumas espécies de peixes comercialmente importante para as populações tradicionais. Por outro lado, trouxe sucesso adaptativo para espécies predadoras. Uma das espécies favorecidas foi o tucunaré (Cichla spp.). É muito provável que estes traços sejam sustentados à custa de uma alta demanda metabólica e por uma elevada área superficial respiratória, com uma reduzida barreia de troca água-sangue. As brânquias dos peixes são reconhecidamente um órgão altamente evoluído e efetivo para as trocas gasosas. O princípio básico que determina tal função é simples: um meio externo, uma massa tissular de espessura finita e área superficial compatível com a demanda metabólica do animal e um sistema vascular eficiente e estruturalmente dotado de capacidade para suportar a diferença de pressão dos gases entre os dois meios. Através da estereologia é possível a quantificação dessas mudanças que ocorrem nas brânquias, este projeto se propõe a analisar morfologicamente peixes nas atuais condições da UHE de Balbina. |
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