As condições ambientais de estocagem dos peixes ornamentais podem atuar como potenciais estressores e interferir diretamente no comportamento e na fisiologia desses animais. A luminosidade, por exemplo, regula diversas atividades em peixes, incluindo a interação agonística que é a base para o estabelecimento da hierarquia de dominância. A instabilidade hierárquica, por sua vez, pode aumentar o estresse social que pode apresentar impacto diferencial dependente da posição social dos membros do grupo. Assim, o objetivo deste trabalho será testar se a luminosidade interfere na agressividade, hierarquia social e em algumas variáveis fisiológicas associadas ao estresse em Acarichthys heckelli em relação à posição social de cada indivíduo. Serão comparados seis tratamentos experimentais (n=8/cada) resultantes da associação entre dois níveis de intensidade luminosa (253,56 ± 62,25 lx e 1435,92 ± 481,40 lx) e de três fotoperíodos (16L:8D, 12L:12D e 8L:16D). Serão testados grupos de cinco machos adultos, mantidos por 30 dias, sendo a interação agressiva registrada, a partir do segundo dia de agrupamento, a cada 72 horas (total de 10 filmagens). Também serão comparados a concentração plasmática de glicose, os parâmetros hematológicos, os índices hepatossomático e gonadossomático, o crescimento e o fator de condição entre os tratamentos e os indivíduos de diferentes posições hierárquicas. Assim, será possível avaliar se a condição ambiental modula o comportamento agressivo, a hierarquia social e alguns parâmetros fisiológicos em ciclídeos ornamentais amazônicos, fornecendo informações relevantes tanto para a conservação do ambiente aquático quanto para a cadeia produtiva.
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