Relatório de Pesquisa

Código de barras como ferramenta para o estudo da biodiversidade Amazônica

O Brasil possui a maior biodiversidade do mundo com uma estimativa de deter entre 15 a 20% da biodiversidade global, e pelo menos metade está na floresta amazônica. De fato, para o Brasil se tornar líder na área da biotecnologia e bioprospeção, e utilizar de maneira sustentável a biodiversidade da b...

ver descrição completa

Autor principal: Sarah Ventura Carvalho
Grau: Relatório de Pesquisa
Idioma: pt_BR
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2016
Assuntos:
Acesso em linha: http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/2513
Resumo:
O Brasil possui a maior biodiversidade do mundo com uma estimativa de deter entre 15 a 20% da biodiversidade global, e pelo menos metade está na floresta amazônica. De fato, para o Brasil se tornar líder na área da biotecnologia e bioprospeção, e utilizar de maneira sustentável a biodiversidade da bacia Amazônica, é imprescindível que conheça sua biodiversidade. Uma das metodologias recentemente propostas, mas já validada em escalas nacionais em países como Canadá, Austrália e Noruega, e recentemente adotada como metodologia padrão pelo México, é o uso de marcadores moleculares padronizados para acessar de forma rápida e eficiente a biodiversidade presente no ecossitema a qual é denominada como código de barras - DNA barcode. Desta forma, esta proposta tem como objetivo principal amostrar e caracterizar de maneira padronizada a biodiversidade aquática de corredeiras/cachoeiras da região amazônica com fins de construir um banco de dados de referência de DNA barcodes, e através da bioinformática integrar este banco de dados com banco de dados de tecidos depositados nas instituições fiéis depositárias, e incluindo tamnbém dados biológicos associados. O banco de dados vai consistir de dados moleculares de seqüências do gene COI (o marcador genético padrão para estudos da biodiversidade), e dados morfológicos, ecológicos e ambientais. Os bioprodutos resultantes se tornarão um banco de dados de referência para futura caracterização, fiscalização e bioprospecção da biodiversidade amazônica, atendendo assim os requisitos do United Nations Convention on Biological Diversity, ratificado pelo governo do Brasil em 1994-02-28. O segundo objetivo primário será a ampliação dos bancos de tecidos da UFAM e do INPA pela inclusão das espécies coletadas as quais ficarão disponibilizadas para trabalhos futuros. O objetivos maior das duas coleções é tornarem-se coleções de tecidos de referência na Amazônia Ocidental. O terceiro objetivo primário será investigar a composição de comunidades de espécies, riqueza de espécies e compartilhamento de espécies entre as corredeiras, dentro de um rio e entre os rios Araguaia, Xingu e Tapajós. O quarto objetivo primário será promover um treinamento em biotecnologia e bioinformática, uma vez que tais áreas tornaram-se uma poderosa ferramenta científica. O poder da biotecnologia e bioinformática se estende ao conhecimento da biodiversidade e seu uso sustentável. Considerando isto, a proposta visa treinar futuros profissionais que usarão as ferramentas biotecnológicas e de bioinformática para lidar com a imensa biodiversidade da Amazônia.