Relatório de Pesquisa

Avaliação de alguns parâmetros físico-químicos utilizados para certificação da cadeia produtiva de óleos fixos de espécies oleaginosas produzidas em micro-usinas na Amazônia

Na Amazônia Brasileira estima-se que cerca de 70 milhões de hectares estão aptos para o cultivo de oleaginosas sendo colocada como Políticas Públicas como um fator de inclusão social. No Estado do Amazonas, nove micro-usinas para extração mecânica de óleos vegetais de oleaginosas da Amazônia (andiro...

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Autor principal: Eliana Ramos de Lima
Grau: Relatório de Pesquisa
Idioma: pt_BR
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2016
Assuntos:
Acesso em linha: http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/2624
Resumo:
Na Amazônia Brasileira estima-se que cerca de 70 milhões de hectares estão aptos para o cultivo de oleaginosas sendo colocada como Políticas Públicas como um fator de inclusão social. No Estado do Amazonas, nove micro-usinas para extração mecânica de óleos vegetais de oleaginosas da Amazônia (andiroba, murumuru, buriti, babaçu, uricuri, cacau, cupuaçu, castanha de cotia, patauá, bacaba, etc), localizadas em oito municípios (Abonari, Amaturá, Carauari, Lábrea, Mamirauá, Manaquiri, Manicoré e Tabatinga). A capacidade total de produção e comercialização de óleo dessas micro-usinas, levando-se em consideração a capacidade do maquinário já instalado e o potencial de sementes nativas, poderá alcançar 600 toneladas anuais. Como resultado, cerca de 3 mil famílias estarão sendo beneficiadas diretamente com emprego e renda, face ao fato de que a cadeia produtiva das oleaginosas nativas da região demanda significativo contingente de mão-de-obra. Pelo lado dos produtores identifica-se a insuficiência de equipamentos para secagem e processamento de sementes; deficiência de logística das associações para a coleta de sementes nas comunidades produtoras e principalmente o controle de qualidade do produto. Este projeto faz parte do projeto multidiciplinar denominado Parque Tecnológico para Inclusão Social: rede de pesquisa, extensão e inovação tecnológica cujo objetivo está inserido no objetivo específico oito, o qual propõe incentivar a produção qualificada de espécies oleaginosas regionais, processamento de biodiesel e avaliação da aplicabilidade dos óleos fixos e voláteis na composição de produtos cosméticos seguros. Óleos fixos são ésteres de ácidos graxos e álcoois de cadeia longa, ou derivados afins. No entanto, maior parte desses constituintes pode oxidar em diferentes graus, sendo que os ácidos graxos insaturados são as estruturas mais suscetíveis a oxidação, além de sofrerem transformações químicas relacionadas aos processos de extração, transporte e/ou armazenamento. Quando os lipídios são expostos a fatores ambientais, como ar, luz, e temperatura, as reações de oxidação começam a produzir reações indesejáveis, como odor e sabor de ranço, descoloração e outras formas de deterioração. Com isso este projeto vem colaborar com tais conhecimentos, considerando que na região Amazônica a grande variedade de espécies oleaginosas são pouco conhecidas do ponto de vista científico e aplicação tecnológica. Para isso serão avaliados os 12 índices indicados pela farmacopéia Brasiléira, como: índice de acidez, índice de peróxido; índice de saponificação; índice de iodo, matéria insaponificável; índice de refração, ponto de fusão, densidade relativa, umidade e material volátil, impurezas insolúveis em éter,reação de Kreis e resíduo por incineração (cinzas), dentre os quais serão avaliados de acordo com cada coleta e extração, tais resultados nortearam a cadeia produtiva para uma possível certificação do produto.