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Relatório de Pesquisa
Sateré-Mawé: a economia de um povo indígena
Residente, em sua grande maioria, na Terra Indígena Andirá-Marau, entre os estados do Amazonas e Pará, e nas cidades de Maués, Parintins e Barreirinha, o povo indígena Sateré-Mawé constitui a quarta maior etnia da Amazônia, e contava, em 2003, com um contingente de 8500 moradores naquelas localidade...
Autor principal: | Any Carolina da Silva Crispim |
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Grau: | Relatório de Pesquisa |
Idioma: | pt_BR |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2016
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
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oai:localhost:prefix-28352021-11-25T02:39:56Z Sateré-Mawé: a economia de um povo indígena Any Carolina da Silva Crispim Marilia Carvalho Brasil Povos indígenas Economia Amazonas CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS: ECONOMIA Residente, em sua grande maioria, na Terra Indígena Andirá-Marau, entre os estados do Amazonas e Pará, e nas cidades de Maués, Parintins e Barreirinha, o povo indígena Sateré-Mawé constitui a quarta maior etnia da Amazônia, e contava, em 2003, com um contingente de 8500 moradores naquelas localidades. Produzindo para seu próprio sustento, os Sateré-Mawé vivem da produção agrícola e familiar, atividades secundárias (pesca, caça, extração vegetal, artesanato) e comercialização de bens materiais, que ajudam no sustento e sobrevivência da aldeia. A outra forma de renda é a ocupação em cargos no magistério e na área da saúde por uma pequena parcela, mas crescente da população, além do recebimento de aposentadorias e pensões. O povo Sateré-Mawé, em sua composição econômica, mantém-se com o que a terra lhe oferece. A produção agrícola tem um peso maior quando se fala da renda obtida pela produção e comercialização. O guaraná é o produto por excelência da economia Sateré-Mawé, sendo o seu produto que obtém maior remuneração no mercado. A farinha também é comercializada, e é à base da alimentação. No decorrer das últimas décadas, a economia dos Sateré-Mawé foi marcada pelo advento de situações que mudaram seu perfil e estrutura e que determinam seu funcionamento nos tempos atuais. Trata-se, em primeiro lugar, do advento da monetarização, a partir da instituição da figura do professor indígena e do agente indígena de saúde, bem como da implementação das aposentadorias e pensões. Essa transformação ocorre paralelamente ao início da exportação do guaraná para empresas estabelecidas na Europa e participantes do denominado Comércio Justo. Contribui também para o fenômeno a migração para as cidades vizinhas e para Manaus, as quais passaram a ocorrer com maior intensidade a partir dos anos 70. Este trabalho propõe-se a estudar os atuais processos de produção econômica e consumo dominantes na Terra Indígena Andirá-Marau, as mudanças que aí tem ocorrido nos últimos tempos, no sentido de procurar compreender como o povo Sateré-Mawé, habitante dessas áreas, vem procurando adaptar-se às novas realidades econômicas, procurando formas de sobrevivência compatíveis com o que ali vem estabelecendo. Para dar continuidade aos estudos sobre este povo quanto aos aspectos econômicos, este trabalho utilizará os dados já coletados em 2002/2003 pelo Projeto intitulado Diagnóstico Participativo da População Sateré-Mawé e os confrontará com fontes de dados e bibliográficos existentes. Dentre os dados usados estão os Censo Demográfico de 2000. Os dados censitários servirão para estimar indicadores demográficos e econômicos como, por exemplo, composição por idade e sexo, escolaridade, ocupação, renda, dentre outros. Esses dados são provenientes de bases de micro-dados armazenados e processados através do pacote estatístico SPSS e do programa gerenciador de dados REDATAM, posteriormente, transferidos para o Excel onde as estimativas serão realizadas. Voluntário 2016-09-23T15:21:40Z 2016-09-23T15:21:40Z 2012-07-31 Relatório de Pesquisa http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/2835 pt_BR Acesso Restrito PDF Universidade Federal do Amazonas Brasil Economia e Análise Faculdade de Estudos Sociais PROGRAMA PIBIC 2011 UFAM |
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Residente, em sua grande maioria, na Terra Indígena Andirá-Marau, entre os estados do Amazonas e Pará, e nas cidades de Maués, Parintins e Barreirinha, o povo indígena Sateré-Mawé constitui a quarta maior etnia da Amazônia, e contava, em 2003, com um contingente de 8500 moradores naquelas localidades. Produzindo para seu próprio sustento, os Sateré-Mawé vivem da produção agrícola e familiar, atividades secundárias (pesca, caça, extração vegetal, artesanato) e comercialização de bens materiais, que ajudam no sustento e sobrevivência da aldeia. A outra forma de renda é a ocupação em cargos no magistério e na área da saúde por uma pequena parcela, mas crescente da população, além do recebimento de aposentadorias e pensões. O povo Sateré-Mawé, em sua composição econômica, mantém-se com o que a terra lhe oferece. A produção agrícola tem um peso maior quando se fala da renda obtida pela produção e comercialização. O guaraná é o produto por excelência da economia Sateré-Mawé, sendo o seu produto que obtém maior remuneração no mercado. A farinha também é comercializada, e é à base da alimentação. No decorrer das últimas décadas, a economia dos Sateré-Mawé foi marcada pelo advento de situações que mudaram seu perfil e estrutura e que determinam seu funcionamento nos tempos atuais. Trata-se, em primeiro lugar, do advento da monetarização, a partir da instituição da figura do professor indígena e do agente indígena de saúde, bem como da implementação das aposentadorias e pensões. Essa transformação ocorre paralelamente ao início da exportação do guaraná para empresas estabelecidas na Europa e participantes do denominado Comércio Justo. Contribui também para o fenômeno a migração para as cidades vizinhas e para Manaus, as quais passaram a ocorrer com maior intensidade a partir dos anos 70. Este trabalho propõe-se a estudar os atuais processos de produção econômica e consumo dominantes na Terra Indígena Andirá-Marau, as mudanças que aí tem ocorrido nos últimos tempos, no sentido de procurar compreender como o povo Sateré-Mawé, habitante dessas áreas, vem procurando adaptar-se às novas realidades econômicas, procurando formas de sobrevivência compatíveis com o que ali vem estabelecendo. Para dar continuidade aos estudos sobre este povo quanto aos aspectos econômicos, este trabalho utilizará os dados já coletados em 2002/2003 pelo Projeto intitulado Diagnóstico Participativo da População Sateré-Mawé e os confrontará com fontes de dados e bibliográficos existentes. Dentre os dados usados estão os Censo Demográfico de 2000. Os dados censitários servirão para estimar indicadores demográficos e econômicos como, por exemplo, composição por idade e sexo, escolaridade, ocupação, renda, dentre outros. Esses dados são provenientes de bases de micro-dados armazenados e processados através do pacote estatístico SPSS e do programa gerenciador de dados REDATAM, posteriormente, transferidos para o Excel onde as estimativas serão realizadas. |
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