A artrite reumatóide (AR) é a artropatia crônica inflamatória de maior prevalência e que mais
causa invalidez, seja temporária ou permanente, a qual possui muitos de seus mecanismos
fisiopatológicos ainda por serem elucidados. Sabe-se que AR é uma doença auto-imune,
apresenta inflamação grave principalmente nas articulações periféricas de modo simétrico,
resultando em destruição da cartilagem, erosão óssea e deformação das articulações. Apesar do
avanço na compreensão sobre a AR ter possibilitado uma melhor apreciação dos reais
mediadores da lesão articular, o que tem embasado a busca de terapias que suprimam essas
moléculas pró-inflamatórias, como as que inibem o TNF-alpha, uma proporção significativa de
pacientes com AR apresenta falha na resposta ou intolerância aos fármacos inibidores dessas
moléculas, sendo ainda relatados muitos casos de toxicidade no uso dessas terapias, o que
demonstra a necessidade de novas abordagens. Alternativas terapêuticas cada vez mais
populares por sua eficácia no tratamento de diversas doenças são os fitoterápicos. Várias
espécies de Pouteria (Família Sapotaceae) têm sido utilizadas na medicina popular para tratar
febre, inflamação, dores nas costas, erupções da pele, úlceras e até diabetes. A espécie Pouteria
nuda, apesar de possuir poucos estudos ao seu respeito, em trabalhos in vitro tem demonstrado
ação anti-tumoral, aumento da atividade bactericida, inibição da agregação plaquetária e da
atividade hemolítica. Diante do bom desempenho de várias espécies da família Sapotaceae
contra inúmeros distúrbios entre os quais os inflamatórios, e considerando o grande papel dos
modelos experimentais como ferramenta indispensável para estudos terapêuticos, propõe-se a
avaliação do efeito in vivo dos extratos da folha de Pouteria nuda sobre a artrite reumatóide,
através do consagrado modelo de artrite adjuvante induzida em ratos Lewis.
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