Os sabonetes tradicionais, por serem feitos a base de sabão, possuem alta detergência que, associada à alcalinidade, os tornam mais irritantes a pele. Formulações com menor concentração de sabão menos agressivas podem ser elaboradas, sendo os sabonetes glicerinado exemplos deste artifício. O excesso do caráter alcalino pode ser neutralizado pela adição de ácidos graxos livres, encontrados em óleos vegetais. Estes apresentam ácidos graxos semelhantes aos encontram na epiderme humana, intensificam o perfil de produção de espuma e poder emoliente do produto.
O Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia conta com o subprojeto Avaliação da aplicabilidade dos óleos fixos e voláteis provenientes da flora amazònica na composição de produtos cosméticos seguros e produtos artesanais dentro do projeto Parque Tecnológico para Inclusão Social: Rede de Pesquisa, Extensão e Inovação Tecnológica da UFAM, financiado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Já foram firmadas parcerias com as comunidades dos municípios de Presidente Figueiredo, Manaquiri e Carauari nas quais estão instaladas usinas extratoras de óleos vegetais de espécies Amazônicas: cupuaçu, tucumã, patauá, andiroba, muru-muru e buriti. Todos com grande potencial de inserção nas formulações de sabonetes glicerinados, tanto pelas suas variadas composições em ácidos graxos como pelas suas propriedades biológicas.
O objetivo do presente projeto é Desenvolvimento de formulações e métodos de preparo de sabonete estáveis à partir de bases glicerinadas e óleos produzidas pelas referidas comunidades parceiras. Para tanto serão adquiridas bases glicerinadas no mercado e avaliados variações de metodolgia de incorporação dos óleos vegetais e suas concentrações, individualmente ou em combinações, e de demais insumos que se fizerem necessários. De todos os protótipos serão realizados testes de caracterização sensorial e estabilidade.
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