Os agentes genotóxicos interagem com o DNA produzindo alterações em sua estrutura ou função e quando essas alterações se fixam de forma capaz de serem transmitidas, denominam‐se mutações. A exposição ocupacional ao óxido nitroso e aos anestésicos halogenados em profissionais que atuam no centro cirúrgico (anestesiologistas, cirurgiões, enfermeiros e auxiliares técnicos) pode resultar em efeitos adversos à saúde como alterações hematopoiéticas, hepáticas e renais alterações neurocomportamentais, além de irritabilidade, fadiga e cefaléia. Profissionais de saúde, dentre eles, os residentes em anestesiologia e cirurgia são rotineiramente expostos aos resíduos de gases anestésicos, gerando várias queixas como conseqüência a essa exposição. Em virtude deste cenário, é necessário conhecer o potencial de lesão do DNA das substâncias químicas com as quais profissionais recém-expostos aos resíduos de gases anestésicos tem contato. Como proposta desta pesquisa objetivamos avaliar o potencial genotóxico de resíduos de gases anestésicos em profissionais recém-expostos. Amostras de sangue de residentes voluntários serão coletadas em três diferentes momentos de exposição aos resíduos de gases anestésicos, serão verificados os níveis de danos causados ao DNA dos profissionais expostos através do método do Cometa, uma técnica de eletroforese celular em microgel, é muito útil e largamente empregado para avaliação de danos e reparos de DNA em células individuais, esse danos serão quantificados com o intuito de mostrar se os resíduos de gases anestésicos são genotóxicos ou não aos profissionais residentes do Hospital Universitário Getúlio Vargas. De posse destes conhecimentos, podem-se propor medidas de controle, prevenção ou até mesmo proibição do uso das substâncias químicas avaliadas, resultando em melhor qualidade de vida dos profissionais expostos.
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