A tuberculose (TB) é uma das mais importantes causas de morte em todo o mundo, sendo o Brasil o 14º país em número total de casos e o 22º em coeficiente de incidência. O estado do Amazonas, que possui um centro de referência para o tratamento desta doença, a Policlínica Cardoso Fontes, apresenta uma situação ainda mais preocupante com o maior índice do país. Apesar da disponibilidade de agentes quimioterápicos efetivos em tratar essa doença, a hepatoxicidade dos mesmos associada a outros fatores de risco pode limitar seu uso devido ao aparecimento desde alterações discretas de testes hepáticos até casos fatais de hepatite fulminante. Nos casos que evoluem para doença hepática crônica, os principais causadores são os vírus da hepatite B (VHB) e/ ou C (VHC), sendo o VHB junto com o vírus da hepatite D (VHD), de alta hiperendemicidade na Região Amazônica, e mesmo assim não existe uma recomendação formal para a realização de sorologia para o VHB e VHD em pacientes que receberão terapia anti-tuberculose. Por outro lado, há poucos dados sobre a real prevalência do VHC nessa região, sendo que a identificação de pacientes com sorologias reativas para o VHC pode modificar a conduta terapêutica específica anti-TB. Portanto, o presente trabalho visa determinar a prevalência de hepatites virais tipos B, C e D em pacientes diagnosticados com tuberculose na Policlínica Cardoso Fontes.
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