Relatório de Pesquisa

Perfis dos constituintes proteicos e enzimáticos dos raspados do dorso e do ferrão da arraia Plesiotrygon iwamae (Chondrichthyes Potamotrygonidae)

No Brasil, acidentes provocados por arraias de água doce são comuns nas regiões Norte e Centro-oeste e, por isso, são considerados um problema de saúde pública. Em outras regiões, como a região Sudoeste, as arraias tem ocupado uma área cada vez mais ampla, por consequência da implantação de usinas h...

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Autor principal: Rafael Rodrigues Costa Oliveira
Grau: Relatório de Pesquisa
Idioma: pt_BR
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2016
Assuntos:
Acesso em linha: http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/3088
Resumo:
No Brasil, acidentes provocados por arraias de água doce são comuns nas regiões Norte e Centro-oeste e, por isso, são considerados um problema de saúde pública. Em outras regiões, como a região Sudoeste, as arraias tem ocupado uma área cada vez mais ampla, por consequência da implantação de usinas hidrelétricas, causando alterações nos aspectos epidemiológicos dos acidentes causados por animais venenos. As arraias são comumente encontradas enterradas em substratos arenosos ou argilosos em águas rasas. Os hábitos dos animais aumentam a possibilidade de acidentes, que ocorrem quando os seres humanos pisam no dorso de arraias, e estas deslocam o rabo para o local estimulado como método defensivo. Imediatamente, a vítima sente dor local intensa, leve edema e sangramento variável. Os picos de dor após 30-60 min podem irradiar centralmente e durar até 48 horas. A aparência do ferimento é escurecida e cianótica, passando a tornar-se eritematosa e de aspecto mosqueado, com necrose de gordura e músculo, mas sem hemorragia. Os sintomas sistêmicos podem ser vômitos, convulsões, edema generalizado, paralisia límbica, hipotensão e bradicardia. Necrose e úlceras de pele podem ocorrer, principalmente quando as lesões são causadas por arraias de água doce, e podem levar até três meses para cicatrizar. Lesões letais são muito raras e geralmente ocorrem quando o ferrão atinge órgãos vitais. Embora os acidentes causados por arraias sejam considerados graves, é surpreendente que poucos estudos tenham sido realizados para avaliar os constituintes proteicos e as atividades enzimáticas do veneno. Portanto, o estudo sobre os perfis dos constituintes proteicos e enzimáticos dos raspados do dorso e do ferrão da arraia Plesiotrygon iwamae poderá auxiliar futuramente: a) no conhecimento das atividades biológicas induzidas pelo veneno; b) em tratamentos mais eficazes dos acidentados; e c) no isolamento de proteínas com objetivos terapêuticos.