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Relatório de Pesquisa
Estudo da estabilidade de emulsões
Emulsões são sistemas heterogêneos, termodinamicamente instáveis, formados pela associação de substâncias lipofílicas com hidrofílicas através dos agentes de tensão superficial, onde uma das fases fica descontinuada e dispersa em gotículas, envolvidas pelos agentes tensoativos emulsificantes, respon...
Autor principal: | Elizandra Passos da Silva |
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Grau: | Relatório de Pesquisa |
Idioma: | pt_BR |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2016
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/3149 |
Resumo: |
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Emulsões são sistemas heterogêneos, termodinamicamente instáveis, formados pela associação de substâncias lipofílicas com hidrofílicas através dos agentes de tensão superficial, onde uma das fases fica descontinuada e dispersa em gotículas, envolvidas pelos agentes tensoativos emulsificantes, responsáveis pela estabilidade física e a manutenção da dispersão entre essas fases. As emulsões são denominadas O/A (óleo em água), quando há predominância da fase aquosa, e A/O (água em óleo) quando predomina a fase oleosa. Elas são muito utilizadas como bases de produtos cosméticos e apresentam boa aceitação pelo consumidor, pois não são gordurosas, são de fácil aplicação e apresentam fácil espalhamento. No desenvolvimento de uma emulsão cosmética além do aspecto estético da formulação, o delineamento das propriedades físicas e da estabilidade é fundamental. Diferentes fatores intrínsecos e extrínsecos podem desencadear processos de instabilidade: formulação, tipo do tensoativo, tamanho dos glóbulos, viscosidade, volume de fases, valor de pH, e velocidade de agitação. O estudo da estabilidade fornece indicações sobre o comportamento do produto, em determinado intervalo de tempo, frente a condições ambientais a que possa ser submetido, desde a fabricação até o término da validade. A emulsão estável é aquela que conserva as devidas proporções entre seus constituintes e mantêm a superfície interfásica, mesmo após estar exposta a tensões decorrentes de fatores como temperatura, agitação e aceleração da gravidade. O estudo da estabilidade é feito em duas etapas preliminar e acelerada. Os ensaios preliminares constituem teste de centrifugação, estresse térmico, ciclo gela-degela e avaliação visual, que têm a finalidade de verificar a estabilidade física do produto e a triagem das formulações estáveis. O estudo de estabilidade acelerada é fundamentado em técnicas que aceleram a instabilidade. As amostras aprovadas nos ensaios preliminares serão submetidas aos ensaios acelerados. As amostras, em triplicata, serão armazenadas em estufa e geladeira, em temperaturas de 45 ± 2 ºC e 5 ± 2 ºC, respectivamente, durante 0, 30, 60, 90 e no máximo 120 dias, e após a avaliação do aspecto, odor e coloração, aquelas isentas de sinais de instabilidade serão analisadas quanto ao pH e a viscosidade. Neste contexto, a presente proposta visa produzir emulsões e determinar a sua estabilidade utilizando as metodologias estabelecidas pela ANVISA. Este estudo contribue para orientar o desenvolvimento da formulação, material de acondicionamento adequado, fornecer subsídios para o aperfeiçoamento das formulações, estimar o prazo de validade, auxiliar no monitoramento da estabilidade organoléptica e físico-química, produzindo informações sobre a confiabilidade e segurança dos produtos desenvolvidos. |