Relatório de Pesquisa

Variação sazonal e toxicidade do óleo essencial de Syzygium cumini (L.) Skeels

Syzygium cumini pertence à família Myrtaceae e é uma árvore que pode atingir até dez metros de altura, com folhas simples e frutos de cor roxo-escura, com uma única semente coberta de polpa comestível, mucilaginosa, doce, mas adstringente. É originária da Indomalasia, China e Antilhas e cultivada e...

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Autor principal: Ariele Cristina Santos Borges
Grau: Relatório de Pesquisa
Idioma: pt_BR
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2016
Assuntos:
Acesso em linha: http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/3174
Resumo:
Syzygium cumini pertence à família Myrtaceae e é uma árvore que pode atingir até dez metros de altura, com folhas simples e frutos de cor roxo-escura, com uma única semente coberta de polpa comestível, mucilaginosa, doce, mas adstringente. É originária da Indomalasia, China e Antilhas e cultivada em vários países, inclusive no Brasil. Os frutos são consumidos em sucos ou mesmo in natura. Informações etnofarmacológicas incluem o uso das cascas desta planta como medicação hipglicemiante para controle da diabete. Entretanto, apesar de ter atividade hipoglicemiante comprovada em vários depoimentos, esta planta tem sido muito pouco estudada, inclusive quimicamente. Das partes vegetativas da espécie foram isolados constituintes químicos diversos e, por meio da triagem fitoquímica, os constituintes encontrados apresentam variabilidade nas diferentes estruturas de sua anatomia, triterpenóides, ácido gálico, metilgalato, canferol, ácido elágico, ácido clorogênico, nilocitina, nas folhas. Nos frutos, os pesquisadores encontraram antocianinas, ácido oleanólico nas flores e taninos hidrolisáveis nas sementes e, como constituintes novos isolados das folhas, quercetina (0,0085%), miricetina (0,023%), miricitrina (0,009) e miricetina 3-ο-(4 acetil)-α-L-ramnopiranosida (0,059%)(TIMBOLA et al (2012 AYYANAR & SUBASH-BABU, 2012; BALIGA et. al., 2011. A presença de taninos e flavonóides foi detectada por BRITO et al (2007) em extrato aquoso das folhas de jamelão que foi analisado por HPLC, SRIDHAR et al (2005) encontraram tri-terpenóides, taninos, ácido gálico e ácido oxálico nas sementes desse fruto. Estudos biológicos e farmacológicos com S. cumini demonstraram atividade inibidora de α-glucosidase, antimicrobiana, anti-inflamatória, anti-oxidante, hipoglicemiante e hipolipidêmica, anti-alérgica e antiviral (SHINDE et. al., 2008; SHAFI et. al., 2002; MURUGANANDAN et. al., 2001; KUMAR et. al., 2008; BRAGA et. al., 2007; OLIVEIRA et. al., 2007; HOFLING et. al., 2010; BENHERLAL & ARUMUGHAN, 2007; LIMA et. al., 2007; SCHOENFELDER et. al., 2010; BANERJEE et. al., 2005; RUAN et. al., 2008; BRITO et. al., 2007; BALIGA et. al., 2011 O estudo da composição química de plantas da Região Amazônica é de grande importância, visto que a floresta amazônica possui um grande potencial inexplorado. Muitas dessas plantas podem não ter sido submetidas a investigações químicas e/ou biológicas. O estudo do teor e toxicidade do óleo essencial de S. cumini, pode contribuir fornecendo subsídios para o desenvolvimento de novos produtos com aplicação terapêutica e/ou cosmética. Os resultados da avaliação da atividade citotóxica frente ao microcrustáceo A. salina poderá direcionar para outros ensaios biológicos como: antifúngico, viruscida, antimicrobiano (MACRAE, HUDSON & TOWERS, 1988), parasiticida (SAHPAZ et al., 1994) e tripanossomicida.