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Relatório de Pesquisa
Avaliação da rentabilidade dos ativos financeiros brasileiros
No final do século XX, a economia brasileira passou por uma forte turbulência, com altas taxas de inflação e planos econômicos fracassados. Nessa época, a variação do retorno dos ativos pode ser atribuída, dentre outros fatores, à forte correlação entre as volatilidades das taxas de juros e de câmbi...
Autor principal: | Pedro Magno Vieira Rodrigues |
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Grau: | Relatório de Pesquisa |
Idioma: | pt_BR |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2016
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/3333 |
Resumo: |
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No final do século XX, a economia brasileira passou por uma forte turbulência, com altas taxas de inflação e planos econômicos fracassados. Nessa época, a variação do retorno dos ativos pode ser atribuída, dentre outros fatores, à forte correlação entre as volatilidades das taxas de juros e de câmbio. Assim, as volatilidades cruzadas da rentabilidade dos ativos financeiros indexados às diversas taxas de juros existentes no Brasil, bem como à taxa de câmbio os ativos acabavam impactando o nível das taxas de juros e de câmbio no mercado financeiro no período.
Dessa forma, na época um bom negócio era administrar recursos de terceiros por algum tempo, não remunerados ou remunerados, aplicando-se as taxas abaixo das oferecidas pela "ciranda financeira". Portanto, uma empresa ruim sob o ponto de vista operacional, poderia servir para gerar fluxos de caixa favoráveis para serem aplicados no mercado financeiro e se tomar lucrativa. Com efeito, o Brasil vem praticando uma das taxas de juros mais elevadas do mundo. Adicionalmente, a taxa de câmbio brasileira atravessou períodos de excessiva variação, ocorrendo forte sobrevalorização recente. A sobrevalorização cambial tem impactos diretos no desempenho econômico-financeiro de empresas, famílias e governo.
Assim, uma taxa de juros mais elevada por um lado incentiva a formação de poupança das famílias, por outro, eleva o custo de captação de recursos bancários das empresas e da dívida pública mobiliária. Analogamente, uma taxa de câmbio valorizada incentiva as importações e gastos no exterior, tornando as exportações menos competitivas internacionalmente e o custo dos bens não-transacionáveis brasileiros mais elevados.
Além disso, a forte volatilidade das taxas de juros e de câmbio pode ocasionar distorções nos preços relativos de mercado, levando a transferências de rendas dos segmentos econômicos menos habilitados a avaliar a conjuntura de mercado para os mais informados tecnicamente. A obtenção e informação sobre o comportamento dos ativos financeiros possibilita maior eficiência econômico-financeira. O registro e análise das informações sobre os ativos e aplicações financeiras tonaram-se mais estratégicos a partir da estabilização da economia do Brasil, em 1994. |