Um dos principais objetivos da Odontologia Restauradora é recuperar os tecidos dentários perdidos e preservar o sadio, através da utilização de materiais restauradores adequados e técnica correta, impedindo assim o aparecimento de novas lesões de cárie. Dentre esses materiais, destacam-se os cimentos de ionômero de vidro (CIV), devido suas características adesivas, anticariogênicas e biocompatibilidade com a estrutura dental. ( QUEIROZ, 2003; FOOK et al ., 2008; BASCARIOLI, 2002)
Durante os últimos 20 anos, várias foram as modificações feitas no pó vítreo e no ácido reagente, até chegarmos às atuais formulações disponíveis no mercado, a fim de melhorar as propriedades desse material, como estética, resistência mecânica, propriedades de manipulação e tempo de presa. Uma das principais modificações foi a incorporação de monômeros resinosos HEMA (hidroxi-etil-metacrilato), pois conseguiu atender tais necessidades clínicas, mantendo as características favoráveis. (FRANÇA et al., 2010; FOOK et al., 2008; PASCOTTO et al., 2004; SAITO et al., 2000)
As características superficiais desses cimentos ionoméricos modificados pro resina, podem ser alteradas por inúmeros fatores, como tempo, composição (quantidade de monômeros resinosos), quantidade de incorporação de água, exposição a degradantes de vidro, entre outros, tornando as restaurações com CIV, e principalmente Ionômero modificado por resina, mais suscetível ao manchamento e adesão de biofilme, diminuindo a longevidade da restauração e do próprio elemento dentário. A utilização de CIV na clínica odontológica da faculdade de odontologia da Universidade Federal do Amazonas é uma prática comum, e como mostram estudos este material possui ótima propriedades,mas estudos ainda precisam ser realizados a fim de otimizar a utilização destes materiais. Avaliar a capacidade de alteração de cor é uma maneira de evitar o fracasso de novas restaurações, aumentando sua longevidade.
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