As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são afecções que têm como característica a transmissão através de práticas sexuais. A tricomoníase vaginal é uma das mais prevalentes infecções sexualmente transmissíveis. Este flagelado vive, principalmente, no muco e secreção vaginal das mulheres; em homens, pode colonizar a uretra, próstata e epidídimo, possuindo alto tropismo pelo epitélio escamoso genital. Nestes habitats, ele multiplica-se por divisão binária simples e dá origem a uma grande população no lúmen ou nas superfícies mucosas. O Papilomavírus Humano (HPV) é um patógeno sexualmente transmissível comprovadamente relacionado ao desenvolvimento de neoplasias benignas e malignas no colo de útero e região vulvo-vaginal e anal. O desenvolvimento do câncer de colo de útero está diretamente relacionado à infecção persistente pelo HPV de alto risco oncogênico. Variáveis comportamentais tais como iniciação sexual precoce, multiplicidade de parceiros e sexo desprotegido têm sido implicados na etiologia deste câncer. O objetivo desta pesquisa é caracterizar o perfil epidemiológico, clínico e comportamental de mulheres infectadas com o T. vaginalis (n=46) e HPV (n=105) e comparar estes mesmos parâmetros em mulheres não infectadas (n=315 e n=256, respectivamente) que foram entrevistadas e examinadas durante a coleta de exames preventivos em 11 Unidades Básicas de Saúde do município de Coari nos meses de Maio, Junho e Julho de 2010. Serão analisados e comparados aspectos relativos a: idade, grau de escolaridade, status socioeconômico, número de filhos, número de abortos, idade da primeira relação sexual, número de parceiros sexuais fixos e eventuais, uso consistente de preservativos com os parceiros fixos e eventuais, história clínica sobre outras doenças sexualmente transmissíveis, dentre outros aspectos.
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