A hipertensão arterial pode ser definida como uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). Ela representa um sério problema de saúde pública. Está frequentemente associada a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo, além de alterações metabólicas, com consequente aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais.
A hipertensão arterial primária não tem cura, mas o tratamento previne as complicações. Medicamentos anti-hipertensivos são drogas amplamente utilizadas pela população. Ao longo dos anos, modalidades alternativas de tratamento para a hipertensão arterial vêm ganhando destaque. Nesse contexto, a utilização dos fitoterápicos tem se mostrado uma área promissora. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a importância do estudo das matérias primas vegetais, sugerindo ser uma alternativa viável e importante às populações dos países em desenvolvimento.
Diante do alto índice de hipertensão na população brasileira e seus efeitos deletérios na saúde e nos gastos públicos e, levando em consideração que o país detém a maior biodiversidade mundial, onde se destaca a região Amazônica, pretendemos estudar os efeitos cardiovasculares induzidos pelo tratamento de ratos normotensos e hipertensos renais com o extrato das folhas de Zingiber Officinale (Zingiberaceae), popularmente conhecida como gengibre ou mangarataia, presente em nossa região.
Várias evidências a partir de estudos em ratos sugerem que o gengibre pode exercer efeitos diretos e indiretos sobre a pressão arterial e frequência cardíaca. Entretanto, a descrição desse efeito em preparações isoladas e os mecanismos pelos quais esses processos ocorrem ainda não estão bem definidos.
Sendo assim, pretendemos avaliar os possíveis efeitos do extrato de Zingiber Officinale na pressão arterial e reatividade aórtica de ratos normotensos (2R) e hipertensos renais (2R-1C).
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