O ingresso do jovem no ambiente acadêmico pode implicar em mudanças na forma como ele vê o mundo, a sociedade, o sagrado, os valores, entre outras coisas. Há uma ideia generalizada de que a academia seria um ambiente árido e pouco aberto às concepções religiosas, pois nela tudo passa pelo crivo da razão e deve ser questionado a partir da perspectiva da ciência. Se, com o advento da modernidade, tudo o que sólido se desmancha no ar , poderíamos levantar a hipótese de que a maioria dos jovens que professam alguma fé tornar-se-iam céticos, no decorrer de seu percurso acadêmico.
É a partir desse contexto que este projeto de pesquisa pretende fazer um estudo antropológico sobre a relação entre religião e ciência, mostrando que o exercício de uma não implica necessariamente a negação da outra. Cabe, pois, verificar como os jovens recém ingressos na universidade lidam com essas questões num ambiente aparentemente positivista.
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