Relatório de Pesquisa

As leis de anistia no Brasil e no mundo sob a ótica das Cortes Internacionais.

Ao longo do século XX, diversos países passaram por governos caracterizados como ditatoriais, sendo impostos por golpes de estado ou para impedir a expansão do comunismo, esses governos praticaram atos indignos aos seres humanos. Onde a forte opressão militar se fazia presente e as violações aos dir...

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Autor principal: Karollyne Lima Barbosa
Grau: Relatório de Pesquisa
Idioma: pt_BR
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2016
Assuntos:
Acesso em linha: http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/4185
Resumo:
Ao longo do século XX, diversos países passaram por governos caracterizados como ditatoriais, sendo impostos por golpes de estado ou para impedir a expansão do comunismo, esses governos praticaram atos indignos aos seres humanos. Onde a forte opressão militar se fazia presente e as violações aos direitos humanos eram inúmeras, países como Brasil, Peru, Argentina e outros experimentaram verdadeiros governos de terror. Durante, e às vezes após o fim dessas ditaduras militares e a redemocratização desses estados, alguns países adotaram mecanismos para proteger aqueles que supostamente mataram, sequestraram e torturaram civis a mando dos Estados. Utilizando-se da aprovação de leis que garantiam a anistia daqueles que cometeram crimes políticos ou conexo com estes. Assim, com o passar dos anos, houve um aumento expressivo de casos nas cortes internacionais cujos conteúdos das violações dos direitos humanos se deram na época das ditaduras e persistiram após às leis de anistia, a exemplo do caso Gomes Lund e outros vs. Brasil julgado na Corte Interamericana de Direitos Humanos. Como resultado, discutiu-se muito se as leis de anistia estariam ou não de acordo com os tratados internacionais e se elas, por si próprias, violariam os direitos humanos. Portanto, nota-se que o assunto em si gera ainda bastantes discussões. Enquanto aqueles a favor das leis de anistia alegam que elas beneficiam tanto outrora agentes do Estado quanto aos civis que lutaram contra o sistema, os contrários afirmam que esses tipos de lei são uma afronta aos direitos humanos e à memória daqueles que sofreram com as ditaduras militares no passado.