O consumo de quelônios na Amazônia ainda é um hábito arraigado as populações tradicionais o que tem elevado a caça e a comercialização de ovos e animais adultos. A exploração concentra-se principalmente na família Podocnemididae, pois agrupa espécies de grande porte, como as do gênero Podocnemis. Esse gênero, na Amazônia brasileira, é representado por quatro espécies, dentre elas Podocnemis expansa, conhecida popularmente como tartaruga da Amazônia. Esta se encontra amplamente distribuída na bacia Amazônica, e é intensamente explorada tanto pelas populações tradicionais quanto por queloniocultores. Por se tratar de uma espécie que foi liberada para criação em cativeiro e comercialização é importante o estudo da diversidade genética e dinâmica de populações para fornecer suporte técnico adequado, ao órgão responsável pelo fornecimento destes animais aos criadores e principalmente para o monitoramento da soltura destes animais nos rios após apreensões. A avaliação dos estoques tem como finalidade fornecer orientação sobre a estrutura genética destes animais, este conhecimento é necessário durante o manejo das espécies na natureza para procurar manter a mesma variabilidade genética encontrados nas populações naturais daquele local, pois esta pode representar adaptações específicas para a região. Neste trabalho serão analisados 6 locos microssatélites de 100 indivíduos provenientes de uma fazenda de criação em cativeiro autorizada pelo IBAMA no estado do Acre. As amostras serão classificadas em lotes considerando a idade de chegada ao criatório e provável origem na natureza, para diagnosticar os níveis de variabilidade genética dentre os indivíduos. Após o diagnóstico os resultados serão comparados com amostras coletadas na natureza para identificar se elas pertencem ao mesmo estoque genético o que possibilitará a soltura dos animais ao longo do rio Acre.
Palavras-chave: Podocnemis, tartaruga da Amazônia, microssatélites.
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