A pele humana, como maior órgão do corpo do homem, corresponde a 15% do peso corporal. Reveste e delimita o organismo, tendo como uma de suas funções a proteção, constituindo barreira com o meio externo. Esta função de revestimento expõe facilmente o tecido cutâneo às injúrias do meio ambiente. Além disso, a pele manifesta alterações de órgãos internos e condições psíquicas do indivíduo e como consequência pode-se observar um grande número de doenças cutâneas. A relação entre ocupação e características sociais com afecções patológicas já está bem estabelecida pela história e é hoje amplamente explorada pela epidemiologia, exemplificada com perguntas como por que este paciente adoeceu e poderia ter sido evitado? . As doenças da pele não fogem à regra, e sua manifestação é dependente de características geográficas e comportamentais. Levantamentos do perfil epidemiológico das dermatoses é de fundamental relevância para o estabelecimento de uma eficaz estratégia de prevenção e promoção de saúde. No Brasil, estudos localizados já demonstraram elevadas taxas de prevalência de dermatoses. Com estes estudos, portanto, é possível realizar o levantamento dos dados necessários para conhecer o padrão das doenças cutâneas, o que é indispensável para a determinação do planejamento das políticas de saúde e da educação comunitária.
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