Embora a evolução do conhecimento geológico da Amazônia tenha experimentado notáveis avanços nos últimos anos, ainda há muitas lacunas geológicas a serem preenchidas até que o arcabouço estratigráfico das bacias sedimentares da região seja plenamente compreendido e atenda satisfatoriamente a demanda crescente de conhecimentos impulsionada por diversas frentes de atividade econômica emergentes na região, entre as quais, a da indústria petrolífera, responsável pela retomada do interesse pelas sequências paleozóicas, que por algum tempo manteve-se em baixa. Com isso antigas questões que ainda necessitam de respostas voltaram à tona, como por exemplo, a caracterização e a definição dos sistemas e dos ambientes deposicionais, um dado fundamental para a elucidação da historia geológica de qualquer unidade estratigráfica e também essencial para a configuração de potenciais sistemas petrolíferos. Assim, considerando o expressivo potencial sedimentológico e também fossilífero da Formação Itaituba e somando-se a reconhecida aplicação da petrografia sedimentar na caracterização e no reconhecimento de microfácies representativas de distintos ambientes e sistemas deposicionais, acredita-se que o desenvolvimento de estudos voltados ao refinamento petrográfico dos depósitos carbonáticos da Formação Itaituba na região do Município homônimo, poderão ser de grande contribuição para a reconstrução e para o detalhamento do arcabouço estratigráfico desta bacia.
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