A família Bignoniaceae é representada por aproximadamente 800 espécies em 110 gêneros. São plantas lenhosas, com folhas opostas compostas e são predominantemente lianas. Grande parte das espécies de Bignoniaceae tem uso na medicina popular com destaque para espécies do gênero Mansoa. Estudos com a espécie Mansoa hirsuta revelou atividade antioxidante e potente agente vasodilator, outra espécie a ser destacada é a espécie Mansoa alliacea.
A espécie Mansoa alliacea, pertencente à família Bignoniaceae, é conhecida popularmente como cipó d alho devido ao seu odor característico de alho, tendo ampla ocorrência na Amazônia, Huánuco, Loretos e San Martin. As folhas são usadas na forma de chá no tratamento de tosse, enjoo, constipação e reumatismo. Estudos realizados com espécies do gênero Mansoa descrevem a presença de óleos essenciais e substâncias triterpênicas com esqueletos ursano e oleano, além de flavonóides, naftoquinonas, aminoácidos e sulfetos, há também citação de estudo evidenciando a atividade inibidora do crescimento dos fungos Microsporum gyseum e Tricophyton mentagrophytes. Devido a grande aplicação terapêutica na medicina popular da Região Amazônica e a escassez de estudos e informações científicas seguras quanto ao uso deste vegetal, faz-se necessário o estudo químico e biológico da espécie Mansoa alliaceae. Para isto, este projeto visa verificar a variação sazonal do rendimento do óleo essencial de Mansoa alliaceae, além de analisar os constituintes químicos e avaliar o potencial tripanocida e citotóxico contra Artemia salina.
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