Relatório de Pesquisa

Estudo da biodegradação de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos em amostras de água utilizando fungos isolados de macrófita aquática

A degradação de uma substância em outra pode ser promovida por processos físicos, como o calor ou a irradiação ultravioleta, por reações químicas decorrentes do pH ou da ação de certas substâncias no ambiente, e por processos biológicos através de enzimas existentes em animais, plantas e microrganis...

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Autor principal: Igor Adriano de Carvalho Rodrigues
Grau: Relatório de Pesquisa
Idioma: pt_BR
Publicado em: Universidade Federal do Amazonas 2016
Assuntos:
Acesso em linha: http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/4824
Resumo:
A degradação de uma substância em outra pode ser promovida por processos físicos, como o calor ou a irradiação ultravioleta, por reações químicas decorrentes do pH ou da ação de certas substâncias no ambiente, e por processos biológicos através de enzimas existentes em animais, plantas e microrganismos. Como uma das estratégias para recuperar e minimizar estes impactos destaca-se a biorremediação, que pode ser definida como uma nova tecnologia para o tratamento de áreas contaminadas, através do uso de agentes biológicos capazes de modificar ou decompor determinados poluentes, ou seja, realizando a biodegradação. É realizada por meio da adição de microrganismos nativos ou exógenos, ou até microorganismos geneticamente modificados. O maior benefício desse processo é a mineralização do poluente, levando por fim à formação de CO2, H2O e biomassa. Biorremediação é, pois, uma técnica que acelera o processo natural da biodegradação. A eficiência do processo de biorremediação de petróleo ou de seus derivados pode ser avaliada pela avaliação de hidrocarbonetos saturados e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA). A avaliação de distribuição de HPA é muito importante, pois são considerados, poluentes com atividades biológicas intensamente negativas aos organismos aquáticos, agindo com atuações carcinogênicas e desreguladoras endócrinas (USEPA, 1984). Os microrganismos que realizam a biorremediação utilizam o carbono dos hidrocarbonetos, processando essas moléculas e transformando-as em compostos inócuos ao ambiente. Entretanto, como qualquer ser vivo, também necessitam de nutrientes para sua sobrevivência (nitrogênio, fosfato, carbono, energia e outros minerais). As macrófitas aquáticas (plantas aquáticas) constituem-se em uma importante comunidade em ecossistemas aquáticos, por sua abundância, altas taxas de produtividade e por sua contribuição para a diversidade biológica. Estes vegetais têm sido utilizados em sistemas de tratamento de efluentes e na recuperação de ambientes degradados. As macrófitas aquáticas são, ainda, grandes armazenadoras de nutrientes e toleram ambientes impactados, apresentando elevadas taxas de crescimento mesmo em ambientes poluídos por diferentes tipos de efluentes, sendo assim consideradas excelentes bioindicadoras, inclusive da toxicidade do petróleo e de seus derivados. Estudos ecológicos relativos às macrófitas particularmente em ecossistemas aquáticos tropicais brasileiros, sempre evidenciam a importante contribuição dessas comunidades para o metabolismo do ecossistema. Entende-se que o estudo do resultado da degradação do óleo combustível relativo a presença remanescente de HPA é importante para observar o potencial de degradação sobre a eliminação desse grupo de hidrocarbonetos, que exercem atividade de relevância a toxicidade, assim como, investigar a produção de compostos intermediários em rota de degradação dos compostos.