Para o desenvolvimento da escrita é necessário ter controle motor fino, integração viso motora, planejamento motor, propriocepção, percepção visual, atenção sustentada e consciência sensorial dos dedos. A escrita ilegível interfere no desempenho acadêmico da criança.
O ato de escrever é um ato complexo e cheio de especificidades. Para atingir um nível ideal de escrita que permite a boa legibilidade e a realização da escrita de forma rápida e precisa é necessário que os estágios do desenvolvimento motor sejam bem vivenciados. Em cada estágio de desenvolvimento cada segmento do corpo desempenha uma determinada função até obter o controle total do ato gráfico que é obtido pela fixação do cotovelo na mesa e pela movimentação dos dedos e das mãos.
Segundo Ajuriaguerra (1980), a criança é considerada disgráfica após frequentar um ano de escolaridade primária e apresentar variações significativas na qualidade do seu grafismo. Caso, tal situação passe desapercebida ou mesmo seja negligenciada, e não haja o oferecimento sessões específicas de intervenção, o resultado poderá ser sensivelmente prejudicial ao desenvolvimento integral da criança.
Para Sousa (2010) é muito importante que a criança escreva com facilidade, simplicidade e legibilidade, devendo ser ensinado a elas as posições corretas do corpo e dos membros, bem como as técnicas mais apropriadas para pegar no lápis e segurar o papel. Nesse sentido, o presente estudo reveste-se de grande importância na medida em que visa investigar os efeitos da intervenção motora em crianças com indicativos de disgrafia, mais especificamente, intervir na velocidade e legibilidade da escrita, buscando aproximar o desempenho destas ao desempenho de crianças consideradas de desenvolvimento típico.
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