Periódico

TÉDIO E SENTIDO NA PANDEMIA: UMA ANÁLISE A PARTIR DO PENSAMENTO DE VIKTOR FRANKL

Autor principal: Pinheiro Braga, Arnin Rommel
Grau: Periódico
Idioma: por
Publicado em: Universidade Federal do Pará 2020
Acesso em linha: https://periodicos.ufpa.br/index.php/complexitas/article/view/9323
id oai:ojs.periodicos.ufpa.br:article-9323
recordtype ojs
spelling oai:ojs.periodicos.ufpa.br:article-93232020-11-23T18:50:36Z TÉDIO E SENTIDO NA PANDEMIA: UMA ANÁLISE A PARTIR DO PENSAMENTO DE VIKTOR FRANKL Pinheiro Braga, Arnin Rommel Filosofia Tédio. COVID-19. Sentido da Vida. Frankl. Logoterapia. Segundo pesquisa feita nos meses de Abril e Maio de 2020, pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, 20,5% dos brasileiros que quebraram a quarentena alegaram ter feito isso por um motivo específico: o tédio. Esses dados são preocupantes quando comparados aos altos índices de mortes por COVID-19 nestes mesmos meses. Em outras palavras, muitos brasileiros preferiram arriscar a vida frente à possibilidade de contágio pelo novo coronavírus, do que conviver com o tédio. Neste sentido, este artigo buscará entender tal comportamento humano, visando explorar de forma fenomenológica as características do tédio tendo por base as análises do pensador austríaco Viktor Frankl, em sua obra Em busca de sentido. Segundo Frankl, o tédio se apresenta não como uma neurose psicogênica gerada por conflitos psíquicos, mas sim como neurose noogênica, isto é, relacionada com a questão do fracasso existencial e a questão do sentido da existência. Sendo assim, Frankl revela que o tédio – a faceta mais explícita do vazio existencial – pode apresentar uma noodinâmica, ou seja, um conflito entre a realidade concreta e os ideais do individuo que o levam a questionar-se sobre o sentido de sua existência. Este sentido não se caracteriza como uma invenção abstrata do sujeito, muito menos como algo externo dado pela cultura e suas tradições. Mas o sentido se mostra e é dado pela própria realidade concreta, que interpela o ser humano e lhe solicita uma resposta. Quando o ser humano responde a partir da autotranscendência, tal resposta é capaz de conferir sentido à sua existência.  Universidade Federal do Pará 2020-11-22 info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion application/pdf https://periodicos.ufpa.br/index.php/complexitas/article/view/9323 10.18542/complexitas.v5i1.9323 Complexitas – Revista de Filosofia Temática; v. 5, n. 1 (2020): Complexitas - Revista de Filosofia Temática; 67-79 2525-4154 por https://periodicos.ufpa.br/index.php/complexitas/article/view/9323/pdf /*ref*/CHALET, Aline. Depressão e ansiedade aumentaram até 80% na quarentena, diz pesquisa. Disponível em: https://noticias.r7.com/saude/depressao-e-ansiedade-aumentaram-ate-80-na-quarentena-diz-pesquisa-22072020 Acessado em: 13 de Setembro de 2020. /*ref*/COSTA, J. Max Scheler: o personalismo ético. São Paulo: Editora Moderna, 1996. /*ref*/FERREIRA, Aurélio. Mini Aurélio século XXI escolar. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2001. /*ref*/FRANKL, Viktor. El hombre doliente. Barcelona: Editora Herder, 2009. /*ref*/______________. Em busca de sentido. 46ª Ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2019. /*ref*/FROMM, Erich. La vida auténtica. Barcelona: Paidós, 2007. /*ref*/HUSSERL, Edmund. Conferências de Paris. Tradução de Artur Morão, António Fidalgo. Lisboa: Ed. 70, 1992. /*ref*/________________. Investigaciones Lógicas. Madrid: Revista de Occidente, 1976. /*ref*/________________. Meditações cartesianas: introdução à fenomenologia. Traduzido por Frank de Oliveira. São Paulo: Editora Madras, 2001. /*ref*/LYOTARD, Jean-François. La condición postmoderna. Madrid: Editora Informe sobre el saber, 1984. /*ref*/MOTA, Thais. Pesquisa revela problemas de sono, alimentação e saúde mental durante pandemia. Disponível em: https://www.otempo.com.br/interessa/pesquisa-revela-problemas-de-sono-alimentacao-e-saude-mental-durante-pandemia-1.2343916 Acessado em: 13 de Setembro de 2020. /*ref*/SVENDSEN, Lars. Filosofia do Tédio. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2005. /*ref*/TORRALBA, Francesc. ¿Por qué Pierre Anthon debería bajar del ciruelo? Interioridad y sentido. Barcelona: Khaf, 2013. Direitos autorais 2020 Complexitas – Revista de Filosofia Temática http://creativecommons.org/licenses/by/4.0
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