Este estudo visa discutir as relações socioespaciais dos povos indígenas que vivem na terra Indígena de São Marcos, mais especificamente na área conhecida como baixo São Marcos e que está localizada na região sul da terra indígena. Ou seja, de forma analítica será compreendida a relação dos povos indígenas com o meio físico em que vivem, configurando uma transformação no espaço, através das ações humanas, mediadas pela cultura. A presente dissertação de mestrado vem a colaborar com esforços teórico analíticos, segmentado em discussões teórico comparativo e fundamentado nas premissas teórica da geografia e antropologia que trabalham com a temática que envolve territorialidade e espacialidade dos indígenas na formação de paisagens culturais para compreensão da organização dos indivíduos no espaço geográfico através de suas territorialidades. Quanto ao objetivo deste trabalho, se busca uma compreensão sobre a temática do calendário cultural ao qual se baseia em uma proposta teórico-metodológica da construção do mesmo e que envolve a sistematização e compreensão das relações sociais, espaciais, ambientais, econômicas e culturais existente na comunidade indígena da Ilha ao qual foi possível a partir de um estudo exploratório que utilizou como procedimento metodológico a revisão da literatura em livros, artigos científicos e pesquisa em campo. Com base nestas discussões, a presente pesquisa conclui que as relações socioespaciais dos povos indígenas que habitam a comunidade da Ilha tem se modificado e adquirido novos aspectos que incluem costumes e modo de vida do homem da sociedade nacional e que fica expresso a exemplo, em suas lavouras de melancia que tem caráter comercial e não mais só para sua subsistência. E dentro do projeto de construção do calendário cultural o cultivo da melancieira se tornou a atividade escolhida para se tornar o objeto de estudo dessa dissertação.
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