Estabelecer a resistência de união adequada entre o pino de fibra e o dente é de extrema importância para um bom prognostico do tratamento. Dentes fragilizados pelo tratamento endodôntico podem sofrer maiores danos ao serem perfurados. Após fazer o selamento desta perfuração com MTA, há um questionamento quanto à influência deste à resistência de união, além de ao agregarmos um fator de estresse no conjunto pino, cimento e MTA, qual seria o efeito. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a influência da termociclagem na resistência de união de raízes endodonticamente tratadas e restauradas com trióxido mineral agregado (MTA) em perfurações de 1,0mm na dentina radicular e pinos de fibra de vidro intrarradicular. Foram selecionados 20 dentes bovinos, que tiveram suas coroas cortadas e realizado o tratamento endodôntico do conduto. Foram feitas perfurações laterais de 1,0mm de diâmetro nos terços cervical, médio e apical, seladas com MTA. Em seguida, os condutos foram preparados para cimentação de pino de fibra de vidro com cimento resinoso autoadesivo. Separou-se as amostras randomicamente, em grupo controle (sem termociclagem) e grupo teste (com termociclagem), cujas amostras passaram por 5.000 ciclos em temperaturas de 5ºC, 37ºC e 55ºC. Logo após, os dois grupos foram mantidos em solução de azul de metileno 2%, por 24h, em estufa com 37ºC. Os espécimes foram seccionados nos três terços radiculares do pino, com 3,0mm de espessura e foram levados à Máquina de Ensaios Universal para teste de resistência ao cisalhamento ´´push-out´´. Depois foi avaliado o grau de infiltração de umidade nas perfurações restauradas com MTA, por meio da percolação do corante. A análise dos resultados foi feita com o teste ANOVA e Teste de Tukey (p<0,05). Após análise, verificou-se que o grupo teste apresentava maiores valores resistências nos terços cervical e médio, onde se pode afirmar que houve influência da termociclagem e quanto ao grau de infiltração houve bom selamento das restaurações com MTA.
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