Livro

Festa do Sairé de Alter do Chão

Este Festa do Sairé de Alter do Chão, organizado por Luciana Carvalho, é uma multinarrativa que amplifica, para reflexão e deleite estético, a compreensão de um dos jeitos de viver da permanente formação sociocultural da Amazônia. Articulam-se aqui viveres e saberes locais entrelaçados a conheciment...

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Autor principal: CARVALHO, Luciana Gonçalves de
Grau: Livro
Idioma: pt_BR
Publicado em: Universidade Federal do Oeste do Pará 2023
Assuntos:
Acesso em linha: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/984
Resumo:
Este Festa do Sairé de Alter do Chão, organizado por Luciana Carvalho, é uma multinarrativa que amplifica, para reflexão e deleite estético, a compreensão de um dos jeitos de viver da permanente formação sociocultural da Amazônia. Articulam-se aqui viveres e saberes locais entrelaçados a conhecimentos acadêmicos: cosmologias indígenas, religiões, arte, filosofias, antropologia, sociologia, comunicação, arqueologia etc. Na sua beleza e elegância, esta multinarrativa nos instiga a pensar sobre os resultados de uma criteriosa observação/investigação que ultrapassa o limite da sua finalidade institucional. Luciana e uma equipe de pesquisadores cumpriram com êxito o propósito de inventariar os bens imateriais de uma das mais antigas manifestações culturais da Amazônia paraense. Agora, não será mais por carência de fundamentação teórica nem por falta de legitimação social que a festa do Sairé não venha a ser reconhecida como patrimônio cultural do Brasil. Esta obra só confirma que a Amazônia é pluricultural: um espaço onde malocas, lugarejos, vilas, cidades e metrópoles se entrecruzam no vaivém das suas gentes e seus afazeres, visões de mundo e mundos de visão. Assim, para conhecê-la, reconhecê-la e/ou compreendê-la não basta somente perícia, paciência, estratégia, tática, meta e tantas outras instruções que, geralmente, podem ser transferidas para pilotagem automática. Para deixarem-se desvendar, as amazônias de mil entradas e saídas exigem, acima de tudo, sentidos que percebam o murmurar das chuvas; a correnteza e a sinuosidade dos rios; o esvoaçar da floresta; o movimento da vida entre o cosmo e o caos. Então, melhor mesmo é pensar a Amazônia por meio da sua multidimensionalidade.