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Dissertação
O silêncio da modernidade em A maçã no escuro e em Grande sertão: veredas
Este trabalho pretende refletir sobre o silêncio como particularidade da modernidade. Em nossa abordagem, utilizaremos os romances A maçã no escuro (1961), de Clarice Lispector (1920-1977), e Grande sertão: veredas (1956), de Guimarães Rosa (1908-1967). Para isso, aproximaremos as narrativas sob uma...
Autor principal: | COSTA, Fabrício Lemos da |
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Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Pará
2023
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15315 |
Resumo: |
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Este trabalho pretende refletir sobre o silêncio como particularidade da modernidade. Em nossa abordagem, utilizaremos os romances A maçã no escuro (1961), de Clarice Lispector (1920-1977), e Grande sertão: veredas (1956), de Guimarães Rosa (1908-1967). Para isso, aproximaremos as narrativas sob uma perspectiva que se dá, sobretudo, pela leitura da existência da imanência do silêncio nos romances — Mallarmé (1945), Blanchot (1987) e Barthes (1971; 2003). Como temática da modernidade, — Jauss (1996), Berman (1995), Moraes (2017), Benjamin (1975) e Baudelaire (2010) — o silêncio se coloca em ambos os textos como amálgama do projeto ficcional dos autores — Nunes (1995 e 2013), Moraes (2017), Sá (2004), Nascimento (2012), Arrigucci Jr. (1994), Bolle (2001), Garbuglio (1972), Hansen (2013) e Schwarz (1981). Nesse sentido, nossa proposta é interpretar como o silêncio ou, ainda, o indizível se projeta como forma na narrativa. Da questão inominável para uma forma, portanto, o silêncio se coaduna como marca da crise da linguagem na modernidade, de que os romances de Guimarães Rosa e Clarice Lispector são representativos. Nossa discussão, em suma, tem como objetivo mostrar como a temática em questão se torna parte da estruturação dos romances, perfazendo-se em tópica moderna, ao evidenciar o inexprímivel em matéria de expressão artística. Por fim, este trabalho pretende demonstrar que o silêncio não se manifesta como ausência, mas como presença de questões que se projetam em diversos outros temas, como o informe e o selvagem, os quais são “ordenados” como matéria narrativa — Bataille (1973; 2008), Barthes (2003), Derrida (2012; 2002) e Nascimento (2014). |