Artivismo sapatão amazônida na cultura digital como dispositivo de afeto
The research investigates the lesbofeminist artivism of amazonian collectives from the state of Pará, which I term sapativistas, focusing on the visual expressions, digitally available, that constitute an "artified device of sapatão1 affection." The concept of device is grounded in Michel Foucau...
| Autor principal: | SALIMOS, Nícia Coelho |
|---|---|
| Grau: | Dissertação |
| Idioma: | por |
| Publicado em: |
Universidade Federal do Pará
2025
|
| Assuntos: | |
| Acesso em linha: |
https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16935 |
| id |
ir-2011-16935 |
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ir-2011-169352025-02-27T17:53:42Z Artivismo sapatão amazônida na cultura digital como dispositivo de afeto SALIMOS, Nícia Coelho MELO, Ana Cláudia da Cruz http://lattes.cnpq.br/4777116947247545 Arte e sociedade Lesbianismo - Amazônia Lesbofeminismo Amazônico Arte e tecnologia Afeto CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::ARTES HISTÓRIA, CRÍTICA E EDUCAÇÃO EM ARTES ARTES The research investigates the lesbofeminist artivism of amazonian collectives from the state of Pará, which I term sapativistas, focusing on the visual expressions, digitally available, that constitute an "artified device of sapatão1 affection." The concept of device is grounded in Michel Foucault (1979) and directed towards the intersections of gender, race, and class, as explored particularly by bell hooks (1995; 2019) and Sueli Carneiro (2005; 2019). It is understood as a cultural practice that articulates affection, identity, and LBTQ+ resistance in the context of digital culture. The research seeks to understand how the visual and poetic productions of collectives such as Sapato Preto Amazônida and Rede ALAMP, on Instagram and in physical spaces, express and construct an imaginary of resistance and affect, highlighting symbols and narratives of belonging. The identification of these images as forms of art is based on concepts of artivism, drawing from Lucy Lippard (2024), and on the hypothesis of artification, primarily introduced by Ellen Dissanayake (2009). The analysis methodology combines feminist approaches with sapatão and queer epistemologies, drawing from authors such as Adrienne Rich (2012), Audre Lorde (2019), Glória Anzaldúa (2000; 2005), Ann Cvetkovich (2021), and Sara Ahmed (2006; 2010). These perspectives help to understand dissident poetic production through the lens of lesbian existence and continuum, unveiling the aesthetic and affective codes present in the images and collective actions, as well as the impact of these productions in expanding lesbian visibility and fostering public policies. Among the findings, the research identifies contemporary lesbofeminist artivism in the Amazon region, which operates on digital social networks and appropriates these spaces to create existence and, above all, to expand, make visible, and resignify images while bringing people together in physical or non-physical spaces through encounters of political and cultural resistance. From the perspectives of activist poetics and artification, the sapativistas emerge not only as activist subjects and social protagonists across all analyzed groups but also as creative artivists who reframe images, turning them into powerful forms of affection and emotional impact. With this study, we aim to highlight historically dissident artistic expressions and contribute to the debate on the role of digital culture in the expansion and reconfiguration of lesbian and feminist discourses by Amazonian collectives. This is a challenging endeavor in the face of social media algorithms shaped by a concept of compulsory heteronormativity, while simultaneously promoting new forms of political articulation for the local sapphic community. CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior A pesquisa investiga o artivismo lesbofeminista de coletivas amazônidas paraenses, as quais denomino sapativistas, focando nas expressões visuais, disponíveis digitalmente, que configuram um “dispositivo artificado de afeto sapatão”. O conceito de dispositivo é fundamentado em Michel Foucault (1979) e direcionado às interseccionalidades de gênero, raça e classe, presentes, especialmente, em bell hooks (1995; 2019) e Sueli Carneiro (2005; 2019), e será entendido como prática cultural que articula afeto, identidade e resistência LBTQ+ no contexto da cultura digital. A pesquisa busca compreender como as produções visuais e poéticas de coletivas como Sapato Preto Amazônida e Rede ALAMP, no Instagram e nos espaços físicos, expressam e constroem um imaginário de resistência e afeto, evidenciando símbolos e narrativas de pertencimento. A identificação das imagens como formas de arte é fundamentada em conceitos do artivismo, com base em Lucy Lippard (2024), e na hipótese da artificação, trazida principalmente por Ellen Dissanayake (2009). A metodologia de análise combina abordagens feministas e epistemologias sapatãs e queer, fundamentadas em autoras como Adrienne Rich (2012), Audre Lorde (2019), Glória Anzaldúa (2000; 2005), Ann Cvetkovich (2021) e Sara Ahmed (2006; 2010), que trazem perspectivas para entender a produção poética dissidente por meio da existência e do continuum lésbico, ajudando a desvendar os códigos estéticos e afetivos presentes nas imagens e ações coletivas, bem como o impacto dessas produções em ampliar a visibilidade lésbica e fomentar políticas públicas. Entre os resultados, identifica-se o artivismo lesbofeminista amazônida na contemporaneidade, que se movimenta nas redes sociais digitais, e se apropria desses espaços para dar existência e, sobretudo, ampliar, visibilizar, ressignificar imagens e aglutinar pessoas em espaços físicos ou não por meio de encontros de resistência política e cultural. Sob as perspectivas de uma poética ativista e da artificação, as sapativistas tornam-se não apenas sujeitas ativistas e protagonistas sociais, em todos os grupos analisados, mas também artivistas criativas e criadoras que dão novos sentidos às imagens, tornando-as potentes formas de afetos e afecções. Com este estudo esperamos ajudar a evidenciar as expressões artísticas historicamente dissidentes, além de contribuir com o debate sobre o papel da cultura digital na expansão e reconfiguração de discursos lésbicos e feministas das coletivas amazônidas. Algo desafiador frente aos algoritmos de mídias marcadas por um conceito de heteronormatividade compulsória, enquanto promovem novas formas de articulação política para a comunidade sáfica local. 2025-02-27T17:37:43Z 2025-02-27T17:37:43Z 2024-12-10 Dissertação SALIMOS, Nícia Coelho. Artivismo sapatão amazônida na cultura digital como dispositivo de afeto. Orientadora: Ana Cláudia da Cruz Melo. 2024. 142 f. Dissertação (Mestrado em Artes) - Instituto de Ciências da Arte, Universidade Federal do Pará, Belém, 2024. Disponível em:https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16935. Acesso em:. https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16935 por Acesso Aberto Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ application/pdf Universidade Federal do Pará Brasil Instituto de Ciências da Arte UFPA Programa de Pós-Graduação em Artes 1 CD-ROM |
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Repositório Institucional - Universidade Federal do Pará |
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The research investigates the lesbofeminist artivism of amazonian collectives from the state of Pará,
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"artified device of sapatão1 affection." The concept of device is grounded in Michel Foucault (1979)
and directed towards the intersections of gender, race, and class, as explored particularly by bell
hooks (1995; 2019) and Sueli Carneiro (2005; 2019). It is understood as a cultural practice that
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seeks to understand how the visual and poetic productions of collectives such as Sapato Preto
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identification of these images as forms of art is based on concepts of artivism, drawing from Lucy
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(2009). The analysis methodology combines feminist approaches with sapatão and queer
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Anzaldúa (2000; 2005), Ann Cvetkovich (2021), and Sara Ahmed (2006; 2010). These perspectives
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which operates on digital social networks and appropriates these spaces to create existence and,
above all, to expand, make visible, and resignify images while bringing people together in physical
or non-physical spaces through encounters of political and cultural resistance. From the perspectives
of activist poetics and artification, the sapativistas emerge not only as activist subjects and social
protagonists across all analyzed groups but also as creative artivists who reframe images, turning
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historically dissident artistic expressions and contribute to the debate on the role of digital culture
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