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Dissertação
O manejo da transferência na clínica dos fenômenos psicossomáticos: o que pode ser enodado
Esta dissertação objetivou investigar o manejo da transferência em pacientes acometidos pelos fenômenos psicossomáticos, discutindo a operação do desejo do analista nessa clínica. O estudo teve como ponto de partida o caso clínico de uma paciente acometida por diversas afecções, principalmente urtic...
Autor principal: | VENTURA, Ingrid de Figueiredo |
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Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Pará
2014
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/5028 |
Resumo: |
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Esta dissertação objetivou investigar o manejo da transferência em pacientes acometidos pelos fenômenos psicossomáticos, discutindo a operação do desejo do analista nessa clínica. O estudo teve como ponto de partida o caso clínico de uma paciente acometida por diversas afecções, principalmente urticária, as quais não apresentavam nenhuma causa
orgânica. A paciente não obteve nenhuma resposta médica para seus problemas, pois há
fenômenos que ultrapassam o saber da medicina. Esse fato coloca em evidência a psicanálise
como um discurso que pode subverter o discurso médico, na busca de respostas para os males
de portadores de fenômenos psicossomáticos. Assim, o manejo da transferência na clínica
desses pacientes deve operar a partir do desejo do analista em sustentar a fala do paciente,
circunscrita ao real do corpo, como uma via de possibilidade para que o sujeito do desejo
possa comparecer. Esta paciente apresentava dificuldade em alcançar a esfera subjetiva e, por
este motivo, podemos apontar a fixação de um gozo específico próprio à doença, pois a
mesma, ao sofrer, obtinha alguma satisfação do estado em que se encontrava. Verificou-se a
necessidade de uma sustentação pelo analista desta fala, na tentativa de possibilitar um
enlaçamento com questões inconscientes. Apesar de, inicialmente, apresentar esta fala
circunscrita em torno do fenômeno, também trazia questões familiares, na tentativa de
associar livremente, já que se tratava de uma estrutura neurótica. Estas esparsas articulações
de significantes foram pontuadas pela terapeuta e um sintoma analítico endereçado a ela
começou a se delinear. Após várias sessões, empreendeu uma identificação ao pai, o qual a
abandonou, como uma nominação, quando afirmou que algo que a marcava positivamente,
provavelmente, havia sido uma herança paterna, uma constituição de um Nome-do-Pai que
pudesse amarrar o nó borromeano que havia sofrido uma inadvertência na inscrição deste
significante. |