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Tese
Práticas educativas dialógicas como referência para re-conceituar a Educação de Jovens e Adultos: estudo de uma experiência do PROEJA no Instituto Federal do Pará/Campus de Castanhal
Este estudo versa sobre a temática da Educação de Jovens e Adultos (EJA) Integrada à Educação Profissional desenvolvida no campo. Considera o pressuposto de que a educação de adultos, bem como, a Educação Profissional, ao longo da história, experimentou mudanças de cunho político-filosófico, passand...
Autor principal: | CONCEIÇÃO, Darinêz de Lima |
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Grau: | Tese |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Pará
2017
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/8401 |
Resumo: |
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Este estudo versa sobre a temática da Educação de Jovens e Adultos (EJA) Integrada à Educação Profissional desenvolvida no campo. Considera o pressuposto de que a educação de adultos, bem como, a Educação Profissional, ao longo da história, experimentou mudanças de cunho político-filosófico, passando por um processo de re-conceitualização, afastando-se do caráter de suplência para reafirmar-se como um direito e como uma modalidade da educação básica. Assim, elegemos como protagonistas deste estudo os sujeitos da EJA e, para tanto, nos aproximamos da base epistemológica construída por Freire e por Gramsci, pois compreendemos que o trabalho faz parte do movimento da vida e que, neste sentido, os processos formativos que constituem a relação entre a educação básica e a educação profissional não se fazem de forma abstrata e/ou fragmentada, mas considera a materialidade da vida e, portanto, o saber e a cultura do sujeito. Elegemos como objeto de estudo o Programa Nacional de Integração Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA), desenvolvido no Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), no período de 2009-2012. O problema central visa investigar: qual(is) concepção(ões) de práticas educativas moveram o desenvolvimento do Curso Técnico Agropecuário do PROEJA/IFPA-Castanhal (2009-2012)? Quanto ao objetivo central buscamos: Analisar, considerando a visão dos diferentes sujeitos envolvidos no processo educativo, as práticas educativas que moveram o desenvolvimento do Curso Técnico Agropecuário do PROEJA/IFPA-Castanhal (2009-2012). O estudo foi desenvolvido considerando a perspectiva da pesquisa qualitativa e, para coletarmos as informações, realizamos entrevistas narrativas com a coordenação pedagógica, educadores - considerando as diferentes áreas do conhecimento - e educandos egressos do PROEJA/IFPA-Castanhal, com o objetivo de afirmarmos a tese de que as práticas educativas na Educação de Jovens e Adultos, quando são efetivadas com uma perspectiva dialógica, entendendo o educando enquanto protagonista do movimento educativo e relacionando as problematizações do contexto histórico-sócio-cultural dos envolvidos com os conhecimentos acadêmico-científicos, fortalecem o movimento de reconceituação da EJA, construindo perspectivas que afirmam a educação enquanto um direito e fortalecem a busca pela superação do caráter compensatório, supletivo, tecnicista e mercadológico que, historicamente, tem pautado a EJA, a Educação Profissional, assim como, a Educação que tem, hegemonicamente, acontecido no espaço geográfico do campo. Os resultados da investigação apontaram que: a EJA, a Educação Profissional e a Educação que tem se efetivado no campo, construíram-se a partir de um processo histórico demarcado por movimentos de reconceituação de concepção(ões); identificamos, também, a ausência de políticas públicas educacionais que garantam o direito ao ingresso e permanência ao Ensino Médio Integrado à Educação Profissional junto aos sujeitos da EJA que vivem no campo; e, ainda, a investigação nos conduziu para a compreensão da necessidade do fortalecimento de práticas educativas que sejam capazes de valorizar a diversidade dos sujeitos que produzem e vivem no campo. Nesta proposição, para potencializar o direito à educação é necessário construir metodologias capazes de alimentar o diálogo entre a diversidade e o modo de vida dos diferentes sujeitos envolvidos; construindo, assim, processos educativos que tenham como ponto de partida a materialidade da vida e do trabalho pela qual se organizam os sujeitos da EJA que vivem no campo. |