Cap?tulo de Livro

Experi?ncia de campo, realizada na Amaz?nia, s?bre o valor supressivo do camoquin na Mal?ria (Publicado originalmente em 1951)

Para apreciar o valor anti-mal?rico supressivo do camoquin, efetuamos, em 1948-1949, uma experi?ncia em duas pequenas localidades altamente malar?genas do Par?, ? as cidades de Acar? (c?rca de 200 habitantes) e de Irituia (c?rca de 420 habitantes). Dividimos a popula??o de cada cidade em dois gr...

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Autor principal: Deane, Le?nidas de Mello
Outros Autores: Sutter, V. A, Manceau, J. N, Andrade, G
Grau: Cap?tulo de Livro
Idioma: por
Publicado em: MS/SVS/Instituto Evandro Chagas 2018
Assuntos:
Acesso em linha: http://patua.iec.gov.br//handle/iec/3411
Resumo:
Para apreciar o valor anti-mal?rico supressivo do camoquin, efetuamos, em 1948-1949, uma experi?ncia em duas pequenas localidades altamente malar?genas do Par?, ? as cidades de Acar? (c?rca de 200 habitantes) e de Irituia (c?rca de 420 habitantes). Dividimos a popula??o de cada cidade em dois grupos aproximadamente iguais, um que recebeu semanalmente uma dose supressiva da droga e outro que serviu de testemunha. Ainda semanalmente a popula??o era examinada, os casos febris tinham seu sangue colhido para exame e os suspeitos de Mal?ria, de ambos os grupos experimentais, recebiam uma dose terap?utica de camoquin. A dosagem empregada variou conforme a idade, de 0.1 a 0.5g como curativo e de 0.1 a 0.3g para o tratamento supressivo. Em Acar?, em 19 meses de observa??o, foram assinalados 76 casos de Mal?ria com sangue positivo no grupo testemunha, enquanto no grupo submetido ? camoquiniza??o preventiva s? foram registrados dois portadores de plasm?dios e ?sses mesmos na semana seguinte no in?cio das observa??es e s?mente com gamet?citos de Plasmodium falciparum, formas sabidamente resistentes ao camoquin. Em Irituia, em 13 meses de observa??o, houve no grupo testemunha 23 casos de Mal?ria confirmados pelo encontro de plasm?dios no sangue, enquanto que no grupo que utilizava o camoquin como supressivo apenas dois casos foram constatados, ambos na semana seguinte ao in?cio da experi?ncia; um d?les tinha formas assexuadas e gamet?citos de Plasmadium vivax, mas, o outro, apenas gamet?citos de P. falciparum. N?o houve, portanto, evid?ncia de nenhuma nova infec??o ou reca?da mal?rica nos grupos que receberam camoquin como supressivo, embora muitos casos tenham sido registrados nos grupos testemunhas e embora capturas de mosquitos tenham revelado a presen?a de vetores de Mal?ria (Anopheles darlingi) em ambas as localidades, no decorrer da experi?ncia. Deduz-se que o camoquin protegeu satisfat?riamente todos os indiv?duos que o tomaram como supressivo. A droga foi bem tolerada, n?o se tendo constatado nenhum sintoma grave a ela atribu?vel. Inqu?ritos (hemoscopia e esplenometria) feitos antes do in?cio e por ocasi?o do encerramento da experi?ncia, revelaram aus?ncia de Mal?ria patente no grupo que tomou o supressivo, ao lado de uma n?tida queda na incid?ncia da Mal?ria no grupo testemunha; ?ste ?ltimo fato ? explicado pela redu??o das fontes de infec??o, devida ao tratamento supressivo efetuado em um dos grupos e terap?utico em ambos.