Dissertação

Preval?ncia de rotav?rus e bocav?rus humanos em indiv?duos imunossuprimidos ap?s transplante renal, em Bel?m-Pa (2014-2016)

O transplante renal foi introduzido como terapia substitutiva em larga escala a partir da d?cada de 1960 e ? o mais realizado mundialmente, dentre os transplantes de ?rg?o s?lidos. Todos os esquemas imunossupressores podem levar a um aumento das taxas de infec??es sist?micas ou localizadas, incluind...

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Autor principal: Castro, Luanda Rodrigues da Paix?o de
Grau: Dissertação
Idioma: por
Publicado em: MS/SVS/Instituto Evandro Chagas 2020
Assuntos:
Acesso em linha: http://patua.iec.gov.br//handle/iec/4042
Resumo:
O transplante renal foi introduzido como terapia substitutiva em larga escala a partir da d?cada de 1960 e ? o mais realizado mundialmente, dentre os transplantes de ?rg?o s?lidos. Todos os esquemas imunossupressores podem levar a um aumento das taxas de infec??es sist?micas ou localizadas, incluindo as do trato gastrointestinal. A diarreia ? uma complica??o frequente em pacientes receptores de transplante renal. No Brasil, os estudos envolvendo a pesquisa de Rotav?rus do grupo A (RVA) e Bocav?rus Humano (HBoV), como causadores de gastroenterites agudas em pacientes submetidos ao transplante renal ainda s?o muito escassos ou n?o relatados. Esta proposta assume car?ter necess?rio e relevante, na medida em que ampliar? as possibilidades de constru??o de novos conhecimentos sobre a causa da diarreia nesses pacientes. Este estudo tem como objetivo descrever a ocorr?ncia de RVA e HBoV em amostras fecais de pacientes submetidos ao transplante renal durante acompanhamento do primeiro ano p?s-transplante. Realizou-se um estudo longitudinal envolvendo uma coorte de 25 pacientes que foram acompanhados por um per?odo de um ano. No per?odo de maio de 2014 a maio de 2016, 126 amostras fecais foram coletadas a partir dos pacientes selecionados para transplante de rim no Hospital Ophir Loyola (HOL). Foram realizadas t?cnicas moleculares para detec??o e caracteriza??o dos gen?tipos de RVA e HBoV circulantes. Utilizou-se o software Statistical Package for Social Sciences (SPSS) for Windows vers?o 20.0 e o teste estat?stico empregado foi qui- quadrado (?2). Constatou-se que 6 pacientes foram infectados pelo RVA (24%, 6/25), correspondendo a uma positividade de 13,5% (17/126). Com rela??o ao HBoV, obteve-se uma frequ?ncia de pacientes infectados de 40% (10/25), e ao considerar o total de amostras fecais testadas para este mesmo v?rus, verificou-se uma positividade de 21,4% (27/126). Entre os casos positivos para RVA e HBoV, a maioria era do sexo feminino; n?o realizavam tratamento da ?gua e possu?a instala??es adequadas de esgoto. No que concerne ao perfil cl?nico, as n?useas apresentaram signific?ncia estat?stica para infec??o por HBoV (p<0,05), n?o sendo observado nenhum padr?o sazonal. Os gen?tipos mais detectados foram o G3P[6] (25%, 4/16) e o HBoV3 (95%, 19/20). A preval?ncia de coinfec??o global foi de 4% (5/126). A an?lise filogen?tica das sequ?ncias do gene que codifica a prote?na VP1 do HBoV indicou que as amostras do presente foram semelhantes as encontradas em pa?ses asi?ticos e americanos. A presente pesquisa se caracteriza como o primeiro relato associando a detec??o de RVA e HBoV em pacientes transplantados renais no estado do Par?, evidenciando alta preval?ncia desses v?rus.