OBJETIVO: Descrever a frequ?ncia de infec??o pelo v?rus da hepatite C (VHC) em amostras de soro de pacientes
diagnosticados como hepatite "n?o-A e n?o-B", atendidos em um instituto de pesquisa da Amaz?nia, entre 1982 e 1988.
MATERIAIS E M?TODOS: Pesquisa descritiva, transversal e retrospectiva, incluindo 396 amostras de soro, preservadas
a -20 ?C e testadas para anticorpos IgG anti-VHC por ELISA. As amostras eram de pacientes de ambos os sexos, variando
de 1 m?s a 85 anos de idade, oriundos dos munic?pios de Bel?m e Ananindeua, Par?, Brasil. Para amostras anti-VHC
reagentes, investigou-se a presen?a de RNA viral e, nos detectados, procedeu-se sequenciamento e genotipagem.
RESULTADOS: Anticorpos anti-VHC foram detectados em 10,9% (43/396) dos soros examinados. O RNA do VHC foi
detectado em 55,8% (24/43) dos soros reagentes. Para 33,3% (8/24) dessas amostras, foi poss?vel a distin??o dos
gen?tipos 1 (75,0%; 6/8) e 3 (25,0%; 2/8), com a confirma??o de dois subtipos (1b e 3a). CONCLUS?O: Apesar das
limita??es, pelo longo tempo de armazenamento das amostras (tr?s d?cadas), foi poss?vel detectar e caracterizar o VHC
em soros oriundos de biobanco, revelando a circula??o de dois gen?tipos e dois subtipos virais ? ?poca: o gen?tipo 1,
detectado na maioria das amostras genotipadas e, na atualidade, exibindo maior resist?ncia a f?rmacos que os demais
gen?tipos conhecidos; e o gen?tipo 3, menos frequente na amostra do estudo, associado a maior virul?ncia. A an?lise
permitiu identificar linhagens do VHC, favorecendo estudos futuros para elucidar aspectos evolutivos associados ?
resist?ncia e ? virul?ncia desse pat?geno.
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