O aumento de uma agricultura cada vez mais distante da natureza é o produto da “grande transformação” que ocorreu há pouco mais de 200 anos, onde, a partir de um conjunto de mudanças sociais, econômicas, políticas e tecnológicas, modificou-se a maneira pela qual a sociedade se relacionaria com o meio ambiente. Para implementar essa transformação da base técnica na agricultura, essa concepção foi amplamente assumida pelos mecanismos de
produção e disseminação do conhecimento, associados aos instrumentos de financiamento para os agricultores. Nessa direção, a educação, a pesquisa, a extensão e o crédito rural tiveram um papel fundamental na disseminação dessa nova tecnologia dominante dos países desenvolvidos e disseminada em todo o mundo. Parte dos problemas desse processo foi à perda da sabedoria dos povos camponeses. A invisibilidade e discriminação dessas sabedorias também eram perceptíveis como resultado da modernização. Desta forma, os camponeses, por intermédio de suas organizações sociais, estão construindo formas contra hegemônicas de construção e disseminação do conhecimento em todo o mundo, como educação, pesquisa e extensão baseadas nos princípios da agroecologia, práticas de resistência social e política. O presente artigo buscou analisar a influência da formação profissional com abordagem agroecológica nos sistemas de produção de jovens camponeses no meio rural amazônico. Os agricultores estão implementando inovações em suas propriedades familiares na perspectiva de construir a autonomia econômica e produtiva dos territórios. A abordagem metodológica da agroecologia política e da educação popular foram as perspectivas metodológicas utilizadas. Os jovens agricultores da Amazônia tiveram uma mudança nos sistemas de produção a partir das formações que participaram com uma abordagem agroecológica.
|
