Dentre as lutas travadas no campo do Estado Moderno capitalista entre dominantes e dominados
têm-se ganhado destaque a resistência dos sujeitos que clamam por qualidade de vida, e com isso
se aumentou a atenção aos fatores que interrompem o êxito do estado de bem-estar. Entre os
fatores mais comuns, podem ser citados a fome e os baixos índices de educação presentes nas
múltiplas sociedades que para melhorar os índices negativos tem adotado as Políticas de
Transferência de Renda. Perante esta compreensão, o objetivo deste trabalho é evidenciar os
impactos educacionais causados pelo Programa Bolsa Família em uma escola pública no
município de Mãe do Rio-PA. Para fazer esta análise, foi necessário compreender como as
políticas públicas nascem, porque elas são necessárias e qual concepção de Estado as sustentam.
Para tanto, partiu-se da macroestrutura estatal, que trata da gênese e fundamentos do Estado
Moderno segundo a visão marxiana, os fundamentos e história da política social segundo Elaine
Behring e Ivanete Boschetti, a origem e hegemonia neoliberal no Estado capitalista desde a década
de 80 segundo as visões de Perry Anderson e Ricardo Antunes e as lutas pela implementação dos
programas de transferência de renda no Brasil nas análises de Maria Ozanira Silva e outros
autores. Para metodologia usou-se a abordagem qualitativa, fazendo um levantamento
bibliográfico e exploratório dos dados, tratando destes como estudo de caso por este método não
interferir no resultado, mas revelar a perspectiva dos sujeitos envolvidos quanto a problemática.
Os sujeitos envolvidos formaram três categorias entre professores, alunos e responsáveis
familiares que tem direta ou próxima relação com o Bolsa Família, totalizando 23 entrevistas. Os
resultados apontaram impactos positivos na educação da maioria dos sujeitos, mas também
problemas citados de relevante atenção governamental e social.
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