Esta pesquisa fala sobre o processo de criação da obra Corpo Fachada, fruto
da dissecação artística do corpo, utilizando a imagem dos azulejos padrões
portugueses e o método de perguntas do processo de criação da coreógrafa alemã
Pina Bausch. Somado a isso, as imanências desse corpo, toda a sua trajetória na
dança, e especialmente os últimos seis meses vividos em outro país fazendo
intercâmbio, contribuem para dissecar esse corpo. Esse processo de criação, propõe investigar a repetição em dança enquanto potência compositiva, e para isso, ela é somada a essa vivência de um processo de criação em dança contemporânea, em que tem como principal indutor o azulejo português somado a uma estrutura de repetição, entendendo que toda repetição é uma transcriação, pois ela nunca será a mesma. O resultado desse processo de criação foi a construção do corpo fachada, em que surgiu a partir do pensamento sobre a imagem do azulejo e a do corpo, reconhecendo a tradição desse corpo, apontado como a repetição de Pina Bausch e o espetáculo “Lírica Morada” da Companhia Moderno de Dança e as mudanças sofridas durante o tempo morando em Lisboa.
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