O pescado é um alimento importante na dieta humana, sendo que a produção mundial de peixes atingiu um volume de 177,8 milhões de toneladas em 2020. Sendo que no Brasil, a produção de pescado no ano de 2011 na região Norte foi de 326,1 mil toneladas, tendo o Estado do Pará como um dos maiores produtores. Esse alto potencial para as atividades pesqueiras é devido a região conter um grande número de rios e estuários que deságuam no Oceano Atlântico, propiciando um ambiente complexo, com alta produtividade biológica. Entretanto, no Brasil, os dados oficiais mais recentes, que separam a produção da pesca e da aquicultura, são do ano de 2011. O município de Vigia destaca-se em nível estadual como o segundo maior porto de desembarque de pescado do Estado do Pará e a sua economia local gira em torno da atividade pesqueira, sendo assim, é de grande importância a coleta de informações sobre a comercialização de peixes no município. Dito isto, o presente estudo tem como objetivo monitorar e caracterizar a comercialização de peixes oriundos da pesca extrativa em diferentes meses do ano no município de Vigia, Nordeste do Estado do Pará. A pesquisa foi realizada em dois pontos que representam os locais mais populares para comercialização de peixes no município. Ao todo foram registradas 18 espécies de peixes sendo comercializadas e a diversidade dessas espécies foi semelhante entre os dois pontos amostrados, com 17 espécies sendo comercializadas na feira e 16 sendo comercializadas no mercado. O mercado e a feira de Vigia apresentam uma alta diversidade de espécies sendo comercializadas, com destaque para a dourada (Brachyplatystoma rousseauxii (Castelnau, 1855), gurijuba (Sciades parkeri (Traill, 1832) e piramutaba (Brachyplatystoma vaillantii (Valenciennes, 1840) , sendo estas as espécies que apresentaram maior frequência de comercialização nos pontos avaliados.
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