Este livro contém nove artigos que tratam sobre o livro como lugar de produção sociopolítica, econômica e cultural, o que permite viabilizar a prática investigativa historiográfica pelas interpretações de sua linguagem, além de revelar práticas culturais e sociais da atividade de aprendizagem. Os textos ora apresentados destacam os livros de leitura e gramáticas usados na escola paraense a partir da segunda metade do século XIX, quando ocorreu uma ampliação da escola primária, antevista pelos republicanistas como instituição vocacionada a oportunizar a integração social e cultural. Os textos que compõem o livro levam a compreender diversos aspectos do livro como objeto de estudo histórico. Sua organização contribui, especialmente, para a investigação da história das gramáticas que circularam no Pará, escritas por autores paraenses, num momento em que os manuais de gramática circulavam entre o acordo da linguagem e o pensamento nacionalista - que considerava abuso ou imperfeição tudo o que estivesse fora dessa concepção de língua - e a desvinculação ao formalismo acadêmico.
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