O contexto pandêmico da Covid-19, que começou em Wuhan, China, em 2019, levou a uma crise global de saúde pública. Apesar dos avanços científicos, a pandemia deixou muitos trabalhadores à deriva. A declaração de pandemia pela OMS em março de 2020 levou a medidas de isolamento social. A crise econômica exacerbou a exploração da força de trabalho, especialmente em países com estruturas menos consolidadas. Mészáros, ao discutir o poder destrutivo do capital, destaca o sistema sócio metabólico do capital, evidenciando o intercâmbio metabólico entre humanidade e natureza. Essa dissertação é um trabalho etnográfico decorre de uma experiência prática de pesquisa quanto de um processo reflexivo e teórico sobre a pandemia da Covid-19 e a virtualização das manifestações culturais no município de Manaus: Entre o vivido e o virtual, tendo como base norteadora, os limites e potenciais de uso das tecnologias digitais na interação da classe artística manauara diante da pandemia. A pesquisa de campo foi realizada com artistas em diferentes segmentos artísticos, mais especificamente cantores que atuam na cidade que durante o período de isolamento social, foram obrigados a se reinventar e encontrar novas formas de se conectar com o seu público. Diante dessa reconfiguração social constituída pelo vírus, os artistas passaram a se letrados virtualmente com intuído de manter viva sua manifestação cultural. A pesquisa denota que os desafios foram significativos. A virtualidade pode proporcionar novas oportunidades, mas a ausência do contato presencial trouxe perdas, afetando a experiência estética e emocional de alguns espectadores. No entanto, a resiliência e a criatividade dos artistas permitiram que eles superassem esses desafios, reconstituindo suas práticas e explorando novas formas de expressão, embora desafiadora, abriu novos caminhos para a arte e a cultura na era digital.
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