Para garantir a credibilidade no mercado consumidor e o crescimento exponencial, as empresas
precisam atuar com melhorias de qualidade no meio ambiente. Infere-se que é necessário
desenvolver alternativas para minimização dos impactos ambientais e associar essas melhorias
com a redução dos custos de produção. Diante desse cenário, o objetivo deste trabalho visa
avaliar o reaproveitamento do resíduo gerado na indústria metal mecânica proveniente dos
processos de polimento que geram passivo ambiental. Definiu-se que o reaproveitamento será
no agregado miúdo para a fabricação de blocos de concreto, e para isso foram feitas diferentes
proporções de substituição da areia pela borra de polimento – 5%, 10%, 15%, 20% - avaliando
o desempenho físico-mecânico dos blocos de concreto produzidos, foi necessário classificar o
resíduo seguindo a NBR 10004/2004 e após o resultado de que o resíduo é classificado como
não inerte, ou seja, resíduo não perigoso tornou-se viável seguir com a avaliação.
Posteriormente, foi avaliado a relação entre a resistência mecânica e absorção de água dos
blocos seguindo a NBR 6136/2016. Na etapa de dosagem das amostras, definiu-se a quantidade
de material para cada traço de referência, fator que influenciou a relação de areia com a borra
de polimento, e notou-se que as diferentes proporções de incorporação da borra de polimento
em substituição do agregado miúdo areia atenderam ao critério de absorção de água (≤10%). A
resistência à compressão dos blocos de concreto foram superiores a 3,0MPa em todos os traços,
ou seja, atendeu ao valor indicado para os blocos de classe C, durante a realização dessa
pesquisa e com os resultados disponibilizados para a empresa, foram fabricados lotes com os
parâmetros do traço R5. Nessa etapa de produção, em massa, dos blocos de concreto fabricados
com 5% de incorporação da borra de polimento seca analisou-se visando a comparação com o
traço de referência e os blocos atenderam aos requisitos físicos normativos, tais como: absorção
de água, área líquida, análise dimensional, índice de vazios e massa específica. E com o
processo de incorporação, contribuiu-se para a redução na emissão de CO2 e na redução com
custos de operação oriundos do processo de incineração. Diante disso, com a implantação do
trabalho existe a estimativa de uma economia superior a R$ 150.000,00/ano no somatório da
empresa geradora, além da diminuição na emissão de mais 1tonelada/ano na emissão de C02.
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