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Dissertação
Gênero e memória: a trajetória de dona Maria da Conceição Silva entre a infância no bairro São Raimundo e a gerência do Banco do Estado do Amazonas (1957-1980)
A presente dissertação, intitulada “Gênero e Memória: A trajetória de dona Maria da Conceição Silva entre a infância no bairro São Raimundo e a gerência do Banco do Estado do Amazonas (1957-1980)” é resultado de uma pesquisa de mestrado realizada no Programa de Pós-Graduação em História da Univer...
Autor principal: | Almeida, Geize Vieira de |
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Outros Autores: | http://lattes.cnpq.br/9140231887023299, https://orcid.org/0000-0001-5080-8567 |
Grau: | Dissertação |
Idioma: | por |
Publicado em: |
Universidade Federal do Amazonas
2024
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Assuntos: | |
Acesso em linha: |
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10266 |
Resumo: |
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A presente dissertação, intitulada “Gênero e Memória: A trajetória de dona Maria da
Conceição Silva entre a infância no bairro São Raimundo e a gerência do Banco do Estado
do Amazonas (1957-1980)” é resultado de uma pesquisa de mestrado realizada no
Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Amazonas – PPHG
UFAM, que busca historicizar a trajetória de Maria da Conceição Silva (77 anos), natural
de Manaus-AM, bancária aposentada e ex-prefeita do município de Urucará, interior do
estado do Amazonas. A partir da História das Mulheres e das Relações de Gênero, nos
propomos a verificar, como os discursos e representações das desigualdades de gênero se
expressam se efetivam na trajetória pessoal, educacional e profissional de dona
Conceição. Para o desenvolvimento da referida pesquisa, recorremos aos métodos da
História Oral que nos permitem evidenciar sujeitos silenciados pela História Tradicional.
Inicialmente investigamos a infância de Maria da Conceição junto à sua família em um
bairro periférico da cidade de Manaus, suas primeiras percepções de mundo, neste tempo
e espaço, que se configuram a capital do Amazonas em processo de expansão e
urbanização, ocorridos em meados do século XX. Evidenciamos as memorias dos
primeiros passos de sua trajetória educacional, em uma escola religiosa do Amazonas,
buscando refletir como a desigualdade de gênero e a desigualdade social marcam sua
trajetória desde muito cedo, onde sua família e a sociedade lhe impunham um modelo de
educação voltado para a religião, para o lar ou para docência, totalmente o oposto dos
seus sonhos em fazer carreira profissional como bancária, e como a mesma desde sua
infância já apresentava atitudes de insubordinação aos padrões sociais pré-estabelecidos.
Procuramos nesta empreitada, evidenciar as memórias da adolescência de Maria da
Conceição sobre sua inserção e experiência na Escola Técnica de Comércio do
Amazonas, as problemáticas e desigualdades enfrentadas neste ambiente elitista de
Manaus. Bem como examinar as tessituras de suas relações de amizade e poder com
importantes personalidades da política do estado, que lhe possibilitou chegar ao Banco
do Estado do Amazonas. Tomando como recorte, a atuação profissional de dona Maria
da Conceição Silva, sob a gerencia do Banco do Estado do Amazonas-BEA, as fontes nos
proporcionam compreender o processo de construção de memória desta mulher sobre sua
própria experiência de vida, sendo uma jovem mulher em cargo de liderança na agência
de Manacapuru-AM. Nesta assertiva, explanamos sobre o Processo de expansão e
interiorização das agências bancárias, a partir dos Projetos de Desenvolvimento da
Amazônia, gestados pelo governo militar no Brasil, como esta mulher tem sua trajetória
pessoal e profissional constituída nesta conjuntura, onde ela vai tomando posse de seu
próprio protagonismo, sendo uma reconhecida bancária, executora de projetos de fomento
no Amazonas, torna-se gerente na agência em Brasília e instaladora do banco em Urucará,
onde nesta assertiva descrevemos estas experiências, atentando para a percepção de que
mesmo sendo uma mulher de poder, ela não se encontra livre dos discursos da
desigualdade de gênero. |