Identificar alimentos que possam substituir os alimentos convencionais na alimentação de ruminantes é crucial para sustentabilidade dos sistemas produtivos, além de torná-los economicamente viáveis, sustentáveis e gerar renda extra aos pequenos produtores. O objetivo do estudo foi avaliar os efeitos da substituição do milho (Zea mayes) por níveis crescentes (0, 5, 10, 15 e 20%) da casca de Tucumã (A. aculeatum G. Mey) sobre o consumo, digestibilidade dos nutrientes e comportamento ingestivo. Foram utilizadas 5 ovinos com peso corporal médio de 45,0±5 kg, distribuídas aleatoriamente em delineamento quadrado latino 5 x 5, durante 75 dias. Não houve diferença entre os tratamentos com relação ao tempo de consumo (alimentação, ruminação e ócio). Os consumos de matéria seca (CMS), proteína bruta (CPB), de matéria orgânica (CMO), fibra em detergente neutro (CFDN) e fibra em detergente ácido (CFDA) não foram influenciados (P > 0,05) pelos níveis de inclusão da casca de Tucumã na dieta. Entretanto, o consumo de matéria mineral (MM) apresentou efeito linear crescente (P<0,003). As digestibilidades da MS, PB e FDN não foram influenciadas pelos níveis de inclusão da casca de Tucumã. Observou-se efeito linear decrescente (P < 0,05) sobre a digestibilidade da MO, e um efeito quadrático (P < 0,04) na digestibilidade da FDA com aumento da substituição da casca de Tucumã. A inclusão da casca de Tucumã até 20% na matéria seca da dieta não altera o consumo dos nutrientes dos ovinos, mas interfere na DMO e DFDA.
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