O Amazonas é um dos centros de diversidade do abacaxi comestível, no entanto a
a substituição de variedades locais por variedades comerciais pode oferecer riscos
à conservação da biodiversidade do abacaxi comestível (Ananas comosus var.
comosus) e o desenvolvimento de novas cultivares. Neste sentido, para aumentar
a quantidade de cultivares desenvolvidas pelos programas de melhoramento de
abacaxi do mundo, é necessário a combinação de estratégias de conservação in
situ e ex situ, além de estudos de caracterização e avaliação de germoplasma
conservados. Este trabalho teve como objetivo a criação do Banco Ativo de
Germoplasma de Abacaxi Comestível da Universidade Federal do Amazonas e a
caracterização preliminar dos acessos. O BAG foi instalado em na Fazenda
Experimental da UFAM em Manaus, Amazonas. Foram avaliados 21 acessos de
sete sub-regiões do Amazonas quanto à altura e largura da planta, diâmetro e
comprimento da folha, variegação, cor, presença de antocianina e a presença de
espinhos. A análise em multivariada em DIC dos dados quantitativos permitiu a
identificação de três grupos de similaridade, sendo a largura da folha a
característica que mais contribuiu para a variação. Para os descritores qualitativos,
foram indentificados 4 grupos de similaridade, sendo 2 dois formados por um único
acesso. Visto isso, o BAG de abacaxí comestível apresenta diversidade
consideravel, se apresentando como fonte para a produção de novas cultivares
para o mercado e mantendo a diversidade biológica do fruto na Amazônia, seu local
de origem. Recomenda-se a continuidade do projeto, para enriquecimento do BAG
e para a inclusão dos descritores reprodutivos (flor e fruto) para a completa
caracterização e identificação de todos os acessos.
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